Quem sou eu

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Carapicuiba , são paulo, Brazil
Advogado inscrito OAB/SP n° 391.112; Graduado em Direito pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC); Pós-graduando em Ciências Criminais e Direito Tributário pela Faculdade Legale. Tem 32 anos e reside no município de Carapicuíba/SP. Watss App n°(11) 981685890.

sábado, 30 de dezembro de 2017

E O Que Você Fez?

Esse é aquele momento em que eu paro  e, ao som de uma das canções natalinas (sim aquela que fala " e o que você fez, o ano termina e blá blá outra vez..." ), me pergunto, o que eu fiz? O que eu fiz nesse anos? Pois bem, tem hora que me pego ouvindo essa porra de música, olhando para o teto desse quarto frio e úmido e pensando em tudo que fiz e deixei de fazer...  Todo o contexto me parece uma reprise ou um frash Beck sem graça dos últimos dias do ano anterior...
O fato é que as lágrimas derramadas ao longo desse ano não se comparam as do ano do anterior e a transformação é latente, só não enxerga quem não quer ver... Poderia ter abaixado a cabeça, me sentido um coitado, mas não, aqui estou, pronto para o que der e vier.
Eu comecei o ano inseguro comigo mesmo, me escondendo atrás do luto e com medo do mundo cruel que me aguardava. Nos dizeres de Renato Russo, eu dizia ainda era cedo, cedo, cedo... No entanto, bastou uma reunião calorosa entre chefes e estagiários, um simples "porém", um "foda-se" e o eco da minha linda e grave voz em meio à várias bocas caladas para que eu enxergasse o meu verdadeiro lugar, além de evidenciar o meu grave problema com hierarquia. A partir daí o adeus fui inevitável e agora era eu contra o mundo... Em outra palavra, aquela era a batalha para qual minha mãe havia me treinado a vida toda, sabe como é né, todo aquele lance do passarinho criar asas e voar. Assim, o fato dela não estar presente no deveria ser motivos para fugisse.
Mas não para por aí, em 2017 eu vi a melhor das amigas se tornar a mais cruel e impiedosa inimiga e, num momento extrema de loucura, vi pessoas que eu amo se ferirem por culpa da minha omissão, criando em todos nós um trauma que levaremos para toda a vida. Vi pessoas se transformarem e outras que nem imaginava me estenderem a mão, além das despedidas... Eh, que ano que não há despedidas?
Como disse no início, diferente do ano anterior as lágrimas desse também foram de alegria, pois tive o prazer de fazer  vários amigos e reencontrei muitos outros, consegui firmar muitas parcerias e romper outras delas e, depois de muita luta, vi um sonho nascer, se consolidar e, aos poucos, se tornar uma realidade. 
Encarei todos os desafios o destino colocou em meu caminho, desde casos malucos, que muitos julgavam perdidos a  duas pós graduação de uma vez só... Eu fui forte quando tentaram me ferir e mais forte ainda pra não fazer o mesmo, saindo com classe e dando a volta por cima ... Sofri com metrôzão lotado em horário de pico indo pra pós e tive que me reinventar devido ao pouco tempo para estudar. Ainda bem que no final deu tudo certo. Não fugi de nenhum dos desafios que a vida colocou em meu caminho, ajudei pessoas, por outras fui ajudado e, com aperto no coração e pra deixar de ser burro também, por algumas delas fui caloteado... Mas faz parte da vida e aprendi muito com isso.
Eu finalmente entendi que certos ciclos teriam que acabar para que outros se iniciassem, no entanto, como sou cara muito zicado, os novos ciclos, independente de como ou quem fosse, eram sempre iguais ou bem semelhante aquele que há cinco anos estou tentando encerrar. Parece macumba... É impressionante como tem gente que tem a habilidade de voltar dos mortos para nós aterrorizar...
Pelo menos esse anos minha fé parece maior do que nos anos anteriores e não é vergonha afirma que sei que Deus está comigo em todos os meus passos. Homem de fé sim, religioso, vai entender né. A vida é um hipocrisia.
Assim, posso dizer  que, diferente dos anos anteriores, o olhar para o teto dessa vez é um olhar cheio de expectativas e de boas vibrações, é um olhar de alguém que sabe o que tem que fazer, como tem que fazer e, não temendo o destino ou os desafios da vida, vai derrubar tudo aquilo que entrar em seu caminho.
Por isso, posso dizer que foi um anos produtivos, pois iniciei desencantado, sofrendo pelas perdas, cheio de amarguras devido ao luto e sem dar valor às vitórias, pois eram poucas, mas existiam, hoje já consigo enxergar de forma diferente. Hoje vejo o caminho, vejo as oportunidades e, não estando mais sozinho, tomo as atitudes. Hoje sou mais forte que ontem e o ano de 2018 tratará de deixar tudo isso evidenciado. O ano que vem não estarei mais nesse quarto úmido e frio, pois até lá tomarei vergonha na cara e irei a reformá-lo. Aí olharei para o teto sim, mas para lembrar o quão grande foi a vitória...
Eu desejo a todos um feliz ano novo e que Deus possa iluminar nosso caminho nesse novo ano.
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Luiz Paulo Miranda

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

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Você foi feita pra mim,
E não importa o que os outro irão dizer.
Contigo o horizonte parece não ter fim,
Um amor que jamais irá perecer...

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Diferente

Junto a cada nascer do sol surgem batalhas diferentes e uma gama de oportunidade de ser melhor do que no dia anterior. Uma vez me disseram que não há como obter resultados diferentes utilizando sempre as mesmas fórmulas. Mas como ser diferente se todos os caminhos levam a um só? Agir singularmente dentro de um organismo robótico e patético como o nosso é o sonho de todo visionário, porém, ser diferente necessita de atitudes diferentes, andar com pessoas diferentes e traçar caminhos diferentes... No entanto, chega um momento em que o orgulho se vai e o "do contra", o "diferentão", o "esquisito", tomado por uma profunda e momentânea insanidade, passa a querer ser igual.
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Luiz Paulo Miranda

Junto a cada nascer do sol surgem batalhas diferentes e uma gama de oportunidade de ser melhor do que no dia anterior. Uma vez me disseram que não há como obter resultados diferentes utilizando sempre as mesmas fórmulas. No entanto, em algum momento dessa longa estrada devo ter me esquecido disso, pois o "do contra", o "diferentão", o "esquisito", passou igual. Sim, ser igual a tudo que odiava, ser igual ao que desprezou e sempre correu. Quando se passa a apertar a mão pessoas da índole duvidosa por força de questões políticas inerentes às profissão, pessoas essas que sempre desejou ver atrás das grades na época de MP ou passa a quer coisas fúteis e uma vida sem sal e insignificante, é por que deve parar e rever os passos.

A estrada para o sucesso não comporta atalhos, posso ter me sentido mal, ter ficado cabisbaixo e até me irritado, mas não fiz por mal, sou humano e ser frio o tempo todo não é fácil.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Geralmente eu sou o senhor do meu destino, eu dito as regras, sou eu aquele que escolhe quem fica e quem vai. No entanto, nessa época do ano tudo fica estranho e  muito mais difícil, eu fico magoado fácil, desejo o que geralmente desprezo, invejo as famílias alheias e fico me achando um burro por não ter me entregado a um dos inúmeros braços que por minha vida passou...

sábado, 16 de dezembro de 2017

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Você acha que vai ser fácil, que é só estralar os dedos e tudo vai acontecer. É difícil você estar dois passos a frente se a história conta que estamos há pelo cem anos atrasado.

domingo, 26 de novembro de 2017

Dona Dos Meus Versos

Já falei das insanidades e dos amores,
Muito escrevi sobre os enigmas da paixão.
Já registrei muitas das minhas dores,
Hoje só escrevo para dona do meu coração.

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Nem sempre meus versos tocam você,
Mas isso em nada influencia.
Quem inspira nem sempre faz por merecer,
Seremos eu, você e os versos da poesia.

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A poesia é um universo meu e seu,
Um jeito próprio de contar nossa história.
Vivemos o que ninguém mais viveu,
Seria maldade deixar apenas na memória.

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Tú és a minha amada,
A rainha dos meus desejos.
Minha princesa encantada,
Dona dos meus versos, do carinho e dos meus beijos.
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Luiz Paulo Miranda

terça-feira, 31 de outubro de 2017

A Fronteira Entre a Vida e a Morte

Quando os olhos não mais segurar
E as lágrimas no rosto escorrer,
Declamarei que minha vida é te amar
E que meu mundo não faz sentido sem você...

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Separados por uma fronteira invisível,
As lembranças tornam-se abrigo,
Pois para os que se foram o retorno é impossível,
Assim, nesta vida, não poderei mais está contigo...

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Nas madrugadas vivo a te chamar
E muitas vezes acordo lhe procurando,
Porém, não tenho motivo pra acordar,
Pois só posso ser feliz sonhando.

#

Mas um ano que se vai,
E, neste compasso, a vida segue,
No entanto, um mar de tristeza me atrai
E, pouco a pouco, nos seus braços sou entregue...

#

Lindos foram os momentos,
Assim dizem as fotografias,
O que ficou foram os sentimentos,
Pois na sua ausência, desprovido sou das companhias...

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O que há de nos separar,
Já que viver ou morrer, hoje não faz diferença,
Pois sem você vivo a esperar,
Mas a fronteira da vida e da morte reside muito além da crença...
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Crônicas de Luiz Paulo Miranda

sábado, 21 de outubro de 2017

Obstáculos da Vida

Quebre essas correntes
E não pare de lutar.
Vamos fazer diferente
E a vitória alcançar...

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Todo "ruim" pode ficar pior,
Mas enquanto saúde não nos faltar,
De qualquer obstáculos seremos maior,
E em nosso caminho nada ficará...

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Vamos dizer o que ninguém diz,
Pois é hora de falar, canta, rimar..
Hora de fazer o que nos faz feliz
E todos os sonhos realizar...
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Luiz Paulo Miranda

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Vem Ficar Comigo

Vem ficar comigo,
Esqueça o passado.
Sou seu melhor amigo
E um eterno namorado.

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Vamos ficar junto,
Não ligue pra depois
E, sem refletir no assunto,
Faremos um mundo só pra nós dois.

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Venha, quero você pra mim
E, sabendo que você me quer,
Serei seu até o fim
E para sempre tú serás minha mulher.
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Luiz Paulo Miranda

domingo, 8 de outubro de 2017

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Eu fico aqui pensando onde tudo isso se encaixa, poxa será que tem que ser difícil se não?

971146793.   Av Rui Barbosa, 968

Célio Donizete de Sousa Gabriel.Nao. sei se é com z ou s.

sábado, 16 de setembro de 2017

Nada

Vivo me questionando o porquê,
Como acabamos assim.
Depois da história que tive com você,
É difícil acreditar em um fim.

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Nos restam apenas as canções,
As poesia e as promessas perdidas.
Pois a vida é feita de lições
E são elas a cura para nossas feridas.

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As vezes temos tudo,
Mas um tudo que não vale de nada.
Já vivi por alguém, por mim, pelos estudos,
Hoje vivo para o horizonte e um nebulosa estrada..

Engrenagem

Somos peças uma imensa engrenagem,
Eu, você, nós, todo o mundo.
Quem não se adapta torna-se selvagem,
Na vida real inexistente dama e vagabundo.

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Sim, não existe princesa e prebeu,

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Dramas de Um Poeta


A noite é triste e fria,
Miro o horizonte e vejo o nada acontecer.
Já tentei enumeras companhias,
Mas apenas uma faria a tristeza desaparecer.

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É tão difícil dizer Adeus
E esquecer aquela que tanto ama.
Pois um dia os sonhos dela foram os meus
E hoje, todos eles, tornaram-se drama.

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Escravo do que trazia no coração,
Me tornei vítima de promessas vazias.
Fiz muitos planos movido por ilusão,
Habitando um mundo de pura fantasia.

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Em meio aos sentimentos, as letras vão e vem,
Na mente do poeta nasce, mas em poesia acaba por morrer...
Nada é eterno e ninguém é de ninguém,
Como as letras deste, esse amor há de perecer.
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Por Luiz Paulo Miranda

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O Fim da História

Me lembro do olhar,
Me lembro do cheiro.
Sinto falta do calor ao me abraçar
E do amor incondicional, puro e verdadeiro.

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És tú, oh tempo, nosso grande vilão.
Por que todos um dia tem que morrer?
Refém do medo e sem muito entender, nos apegamos à religião,
Acreditando que do céu o Messias há de descer.

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Dizem que quem ama nunca diz Adeus,
Porém, o tempo trata nós contradizer.
Independente do que vive ou viveu,
Cedo ou tarde, a despendida vai acontecer.

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Tudo tem por fim à memória,
O cheiro, o abraço, o calor e até o olhar...
Tornaremos personagens dessa longa história,
Que o fim, independente de teoria, vive a nos aterrorizar...
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Por Luiz Paulo Miranda

terça-feira, 15 de agosto de 2017

15 de Agosto

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Talvez um dia eu entenda o porquê de tudo e, por um milagre divino, a dor da perda se amenize um pouco, mas, até lá, esta data virá sempre acompanhada de lágrimas, tristeza e dor. Um ano sem você e, a passos lentos, eu brigo com o mundo, quebro a cara, me decepciono com as  pessoas que amo, firo algumas e por outras sou ferido, mas, aos poucos,  aprendo a viver sem a pessoa mais importante da minha vida. Como viver sem Dona Nair? Você me ensinou a nunca desistir e a confiar nos meus instintos, hoje, talvez não com a mesmo intensidade de antes, tento seguir os seus conselhos. Está difícil, mas estou tentando e, da você onde estiver, sei que terá orgulho de mim... Mãezinha você me colocou onde estou, fez de mim um homem de bem, me ensinou a ser um pai e, em especial, fez de mim um advogado. Você lutou ao meu lado todas as batalhas que o destino apresentou e eu sou grato por isso, pois jamais conseguiria sem você. Você me apoiou quando decidi deixar de ser lavador de carros e fazer um curso maluco pra ser segurança, o mesmo fez quando, de uma hora pra outra, decidi cursar Direito. Nunca me abandonou... Como eu queria ter recebido das suas mãos o diploma, a carteira da ordem e, principalmente, o tão sonhado anel de formatura. Como você queria me dar aquele anel... Fico feliz de pelo menos ter curtido comigo a aprovação no Exame da OAB, pois Deus sabe o que faz. Mãe, sempre que o bicho pegava e, pondo-me à chorar, os seus braços estavam sempre a minha espera e nunca deixou de ter uma palavra de conforto. Que saudade...  Eu sou grato por não desisti de mim, sou grato por estar comigo quando ninguém mais queria estar, sou grato pelo amor incondicional e, principalmente, sou grato por ter tido a melhor mãe do mundo... Sei que de onde estiver estará olhando por mim e, por mais difíceis que estejam sendo meus passo sem ti, eles serão sempre guiados pelos valores que me ensinou. Eu te amo e sempre hei de amar.
Do seu Filho, poeta, escritor e, agora, Doutor.
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Luiz Paulo Miranda

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Sabe aquele momento em que o príncipe se torna um sapo e o beijo em parte alguma é capaz de resolver o problema...😂 então, essa é a minha parte predileta do filme. A partir daí já sabemos como termina, mas esse momento em que o felizes para sempre se torna pesadelo e o orgulho desse a ceco pela garganta, nesse momento meus olhos brilham e, tudo passando a fazer sentido, caio em profunda gargalhada. É a lei da selva, sabe como é, o leão da Juba mais bela, o Servo da galha maior, o gorila mais forte, o gambá mais fedido e  por ai vai. Somos meros animais, penas que os macho humanos enganam muito bem... 🤣🤣🤣 Que sejamos felizes para sempre.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

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O que há por trás da solidão,
Trauma, timidez ou esquisitice.
Certos fatos são obras do coração,
Outros são apenas burrice...

#

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Eu contarei nossa história,
Nas rimas, nas prosas e além...
O que há no coração transcende a memória,
E não é roubado por ninguém.

Minha Poesia

Dessa vez irei além,
Tentar encontrar meu espaço.
Não serei apenas mais seu refém,
Vou dizer a verdade e desatar certos laços.

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Eu irei escrever,
Dizer o que penso.
Levantar a cabeça e viver,
Fazer do nosso poema lindo e intenso

#

Eu viverei pela arte,
Pois o objetivo é ser feliz.
Apenas farei minha parte,
O resto o destino é que nos diz.

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Não terei mais medo,
A caneta e o caderno serão companhia.
Se o escritor vive pelos enredos,
Viverei por tí, por nós, pela rima e por nossa poesia.
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Luiz Paulo Miranda

terça-feira, 11 de julho de 2017

Esconder


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Sou poeta e não vou me esconder,
As palavras flutuarão pelo ar.
Poucos hão de entender,
Porém, no seu coração hão de penetrar...

E um milagre há de acontecer.

Nosso Ponto Final

Sou poeta e não vou me esconder,
As palavras flutuarão pelo ar.
Mesmo que poucos possam entender,
No seu coração elas hão de penetrar.

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Hoje há ódio onde havia amor,
Sem ti, companhia alguma finda a solidão.
Enquanto uns fazem juízo de valor,
Procuro juntar os cacos que ainda restam no chão.

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Nosso sonho hoje é nossa dor,
As lembranças tornaram penalidades.
Já vivi por você e pelo seu amor,
Mas hoje desprezo até sua amizade.

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Dedico a ti a última poesia,
Deixando tudo claro como um cristal.
Pois, entre lágrimas, tristeza, dor e alegria,
Eis aqui o nossos ponto final.
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Luiz Paulo Miranda

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Eu me culpo pelo que não fiz, me perco em lembranças e tento remediar o irremediável. As lágrimas que derramo jamais me pertenceu, pois cansei de provar o contrário dos rótulos que a vida me deu. Hoje, não por hobby, levanto as seis e durmo ás zero hora, às vezes com fome,

Eu não sei onde essa estrada nos levará,
Só sei que daqui seguirei sozinho.
Oh vida, o que há de guardar,

sábado, 24 de junho de 2017

A Muralha Entre Nós

A vida é uma imensa estrada,
Todo o resto é só lembrança.
Somos tudo e, ao mesmo tempo, somos nada,
Nada daquilo que sonhamos quando criança...

#

Já falei de amor para conquistar,
Também o contrário para ofender.
Algumas vezes preferi me calar,
Agora, sem perder tempo, mando logo se fuder...

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As melodias são sempre tão lindas,
Porém, elas não pagam as contas.
As poesia são sempre bem vindas,
Mas, por isso, as revoltas tornaram-se afrontas.

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Já aprendi muito com as falhas,
Hoje já não quero mais falhar.
Se entre nós existe uma muralha,
Não vai ser eu aquele que vai escalar.
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Luiz Paulo Miranda

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Nosso Conto de Fadas


Um conto de fadas passamos a viver
Pois, num simples olhar, houve um acontecimento.
De sapo ao príncipe, o  beijo veio a acontecer
E pela princesa nasce um intenso sentimento.

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Entregar-lhe-ei o sapatinho de cristal,
E, quando as incertezas restarem ausentes,
De semana a semana, de natal a natal,
Estaremos juntos, em alma, corpo e mente...

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Não apenas pelo golpe de espada,
Hoje não é mais obstáculo o dragão,
Rumo ao final feliz desse lindo conto do fadas,
A torre onde jaz foi aprisionada,
Torna-se-a palco de nossa eterna paixão.

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Não sendo príncipe, mas talvez poeta,
Tenho você como fonte de inspiração,
Expressas ou até mesmo discretas,
A ti,  princesa, dedico tais  palavras do fundo do meu coração...
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Luiz Paulo Miranda (2014)

Meus Desejos

Vestida ou simplesmente nua,
Ela está em um nível além.
Uma beleza pura e unicamente sua,
Não se compara a ninguém.

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Diante dela compus uma canção,
Fazendo seu corpinho arrepiar.
Aos poucos criamos uma conexão
E as roupas dela, nos dentes, passei à arrancar.

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De todas, eu sou mais ela,
Pois por ela eu vou além,
Escalo muros, pulo janelas,
Não baixo a cabeça pra ninguém.

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Ela me pirou o cabeção,
Por ela fiz e faço loucuras,
Vivo intensas aventuras,
Tudo isso em nome da paixão.

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Hoje quero beijar-lhe a boca,
Morder seu pescoço, tirar sua roupa,
E, como um só, apenas parar
Quando as pernas bambear
E sua voz ficar roca.
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Luiz Paulo Miranda

domingo, 4 de junho de 2017

Eu Digo Sim

Seu amor mudou tudo em mim
E isso não​ é fácil de se entender.
Pois, diante de tudo, eu te digo sim,
Fiz e faço de tudo pra te ter.

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Venha, segure a minha mão
E nunca mais vamos nos soltar.
Eu digo sim, não importa à questão,
Porque é ao seu lado que sempre quero estar.

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A te digo sim com toda sobriedade,
Pois o tempo há de contar nossa história,
Serei seu para toda eternidade,
Na alegria ou na dor, na derrota ou na vitória.

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Não tem como dizer não,
Pois de você sempre fui afim.
Por isso, independente da situação,
Querendo tê-la só pra mim, a ti eu digo sim.
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Por Luiz Paulo Miranda (05/06/2017)

Até que a Morte nos Separe

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Minha Revolta

Pra que foto, se todos vêem meu rosto, mas poucos de fato são os que me enxergam de verdade... 😔 Se somos aquilo que absorvemos, aquilo que apreendemos do mundo físico e o que tomamos posse da natureza, quem é Deus? Nós? Poxa, somos nós ou ele é simplesmente uma criação do pastor para que, ao ouvi-lo, passe a ser a nossa também? Quem ou o que é Deus? Tudo é superficial nessa porra de mundo, desde crença, laços sociais e familiares, somos todos descartáveis, meros piões em um imenso tabuleiro de banalidades, um bando de lixos orgânicos brigando pra saber quem fede menos. Somos porcos na fila do abate, vivendo pra comer, cagar, reproduzir e morrer. Corpos descartáveis, vendidos, um bando de miseráveis  que, não sabendo como vieram parar aqui, inventam as mais loucas teorias para negar a existência de um eterno ponto de interrogação. Todos têm seu preço, independente se uma vagina ou um pênis, todos tem o seu preço e pode ser comprado, pois ninguém dá nada sem exigir algo em troca e essa porra, em qualquer lugar do mundo ou civilização ao longo dos séculos, é um negócio jurídico oneroso ou, como preferir, uma compra e venda. Seja dinheiro por trinta minutos por orgasmo ou uma porra de uma família "feliz", tudo é a título de contraprestação... Então aponta esse dedo pra prostituta mesmo, mas antes faça o favor de olhar pra se mesmo. Uma vez vi um vídeo de comédia em que o comediante falava de nós homens e que tudo que fazíamos tinha como fim obter o órgão genital feminino (em outra palavras, comer uma buceta), desde estudos, trabalho, casar, academia, carros e, absolutamente, tudo, no ver dele, tinha esse fim... Hoje vejo que ele não estava errado, tudo tem seu preço e tem sempre a existência de algo em troca...

Att,

Luiz Paulo Miranda

domingo, 28 de maio de 2017

Com palavras já te encantei,
Lindos sorrisos em seu rosto fiz brotar.
Também com palavras já te magoei
E, infelizmente, algumas lágrimas a fiz derramar.

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Sou o coração que te quer
E o copo que te deseja.
Sou aquele que só enxerga você como mulher,
Independente de onde esteja.

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Eu amo seu sorriso,

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Um dia eu vi e, logo, me apaixonei,
Fiz de tudo pra te conquistar.
No início, os obstáculos eu enfrentei
E nosso sonho hoje vamos realizar.

#

Com eu hoje vou me casar,

Juntos até a morte separar 

Por Luiz Paulo Miranda

Com palavras já te encantei,
Lindos sorrisos em seu rosto fiz brotar.
Também com palavras já te magoei
E, infelizmente, algumas lágrimas a fiz derramar.

#

Sou o coração que te quer
E o copo que te deseja.
Sou aquele que só enxerga você como mulher,
Independente de onde esteja.

Com palavras já te encantei,
Lindos sorrisos em seu rosto já fiz brotar.
Também com palavras já te magoei
E, infelizmente, algumas lágrimas a fiz derramar.
Sou o coração que te quer
E o corpo que te deseja.
Sou o seu homem e você minha mulher,
Independente de onde estou e de onde você esteja.

Por Luiz Paulo Miranda

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Padrão "Grobeleza"

Não adianta vestir shortinho socado na bunda, rapar a cabeça ou pagar de cabelo black e, sentindo-se o rei ou a rainha da Angola, sair por aí, em meio às baladas da vida, fazendo biquinho em selfs e dizendo que honra sua cor... Honra porra nenhuma!!! Bando de ignorantes, não representam ninguém, só a si mesmo... Que cor? Está honrando ao que se está cientificamente provado que, feio ou bonito, gordo ou magro, rico ou pobre e, definitivamente, preto ou branco, por baixo da pele não muda nada, somos todos iguais. Nosso dever, enquanto jurista, ativista, cidadão ou seja lá a porra do nome que queria usa, é o de não deixar que se esqueçam disso. Não deixar que se esqueçam do art. 5º da Constituição Federal. No entanto, é fácil defender o que é lindo ao nossos olhos, só que a cor daqueles que desfilam nas passarelas é a mesma cor da maioria dos que vivem na crackolandia e ninguém ver isso. Ouso a perguntar qual é a sua luta, o que você faz além de encher a cara e exibir o corpo envergonhando a todos? Larga de ser idiota e vá estudar, de repente consegue servir como exemplo a sua prole. Enquanto não se der o devido respeito e parar de praticar essas imbecilidades nunca sairemos do patamar em que estamos e os cargos um dia ocupados por Celso Pitar e Joaquim Barbosa (heróis de ignorantes) continuarão sendo o mais alto que podemos sonhar... Sim meu caro, sempre vão existir aqueles que hão de nos chamados de morenos ou de moreninhos e até de mulatos, jamais de negro. Enquanto pensarem baixo nunca teremos um presidente negro ou um representante de nome, sempre seremos maioria entre os que são julgados e nunca entre os que julgam. Quem conhece a sua capacidade dar exemplo, constrói sua história e jamais aceita migalhas, então vão se FUDE. Por fim, enquanto você exaltar os dreeds ou a careca do negão ou, de uma forma maluca, endeusando o copo pintado da "Grobeleza", acreditando serem esses os seus representantes, os negrinho, os branquinhos e os amarelinhos, vão sempre lotar os faróis, as fundações casa, os prostíbulos e os bailes funck, jamais as escolas... Não há como mudar o mundo sem antes mudar a si próprio.


Luiz Paulo Miranda

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Te Desejo

Com palavras já te encantei,
Lindos sorrisos seu rosto já fiz brotar.
Também com palavras já te magoei
E, infelizmente, lágrimas a fiz derramar.

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Sou o coração que te quer
E o copo que te deseja.
Sou o seu homem e você minha mulher,
Independente de onde estou ou você esteja.

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Sou coração que clama,
A boca que te beija,
A mente que te chama
E, não importando com quem veja,
Hoje sou as lágrimas que olho derrama.
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Por Luiz Paulo Miranda

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O Que Ficou Pra Trás

Se toda princesa ao seu  príncipe espera,
Maldito és o tempo que não as polpam das rugas,
Sem perceber, elas vão de bela à fera,
Restando ao príncipe os meios de fuga.

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Pois é, sendo prata ou dourada,
A aliança restou presa ao dedo.
Independente da história nela simbolizada,
Ao cair da máscara, revelam-se os cabulosos segredos.

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Aquele que a beleza priorizou,
Sem perceber, o tempo foi passando,
E o abismo o sugou,
Porque, sem perdoar, a idade foi chegando.

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Nem todo tempo é perdido,
Mas o que se foi, não volta mais,
Ficam apenas as mágoas e um coração partido,
Pois, com tempo, tonar-se visível o que ficou pra trás.
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Luiz Paulo Miranda

segunda-feira, 8 de maio de 2017

De Vagabundo a "Doutor"

É hora de acabar com o preconceito,
Mostrar a importância de ser diferente.
Tá mais que na hora de gritar e impor o respeito,
Calando todo aquele que duvidou da gente.

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Busquemos espaço para não depender de migalhas,
Poder escrever um novo capítulo à história.
Tornaremos pública as marcas das batalhas
E evidenciar os dias de lutas e os dias de glória.

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Te chamaram de vagabundo, agora de "Doutor",
Com fé e força de vontade tudo pode acontecer.
Das senzalas ao mundo, na alegria ou na dor,
Pois não importa a batalha, podemos vencer...

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Independente da religião, status ou da cor,
Todos param no mesmo lugar...
Só quem vive o preconceito conhece sua dor,
Embora muitos se metam à julgar.
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Luiz Paulo Miranda

É hora de acabar com o preconceito,
Mostrar a importância de ser diferente.
Tá mais que na hora de gritar e impor o respeito,
Calando todo aquele que duvidou da gente.

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Busquemos espaço para não depender de migalhas,
Poder escrever um novo capítulo à história.
Tornaremos pública as marcas das batalhas
E evidenciar os dias de lutas e os dias de glória.

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Não importa a religião, status ou a cor,
Todos param no mesmo lugar...
Só quem vive o preconceito conhece sua dor,
Embora muitos se metam à julgar.

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Te chamaram de vagabundo, agora de Doutor,
Com fé e força de vontade, tudo pode acontecer.
Das senzalas ao mundo, na alegria ou na dor,
Pois não importa a batalha, podemos vencer...
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Luiz Paulo Miranda

De Vagabundo a Doutor

É hora de acabar com o preconceito,
Mostrar a importância de ser diferente.
Tá mais que na hora de gritar e impor o respeito,
Calando todo aquele que duvidou da gente.

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Busquemos espaço para não depender de migalhas,
Poder escrever um novo capítulo à história.
Tornaremos pública as marcas das batalhas
E evidenciar os dias de lutas e os dias de glória.

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Não importa a religião, status ou a cor,
Todos param no mesmo lugar...
Só quem vive o preconceito conhece sua dor,
Embora muitos se metam à julgar.

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Um dia vagabundo noutro Doutor,
Aos poucos faremos acontecer.
Das senzalas ao mundo, na alegria ou na dor,
Pois não importa a batalha, podemos vencer...
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Luiz Paulo Miranda

domingo, 7 de maio de 2017

Buscar Espaços

É hora de acabar com o preconceito,
Mostrar a importância de ser diferente.
Tá mais que na hora gritar e impor o respeito
E calar todo aquele que duvida da gente.

#

Busquemos espaço para não depender de migalhas,
Poder escrever um novo capítulo à história.
Tornaremos pública as marcas das batalhas
E evidenciar os dias de lutas e os dias de glória.

#

Não importa a religião, status ou a cor,
Todos param no mesmo lugar...
Só quem vive o preconceito conhece sua dor,
Embora muitos se metam à julgar.

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Aos poucos faremos acontecer,
Das senzalas ao mundo, na alegria ou na dor...
Os grandes sonhos hão de acontecer,
Se te chamam de vagabundo, ainda hão de chamar de Doutor.

sábado, 6 de maio de 2017

É chega a hora de acabar com o preconceitos,
Mostrar a importância de ser diferentes.
Tá mais que na hora gritar e impor o respeito
E calar todo aquele que duvidaram da gente.

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Daremos um novo título à história,
Tornando pública as marcas das batalhas.
Evidência os dias de lutas e de glória,
Um vez guerreiro, guerreiro sempre, seja nos aplausos ou nas  vaias.

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Não importa a religião ou a cor,
Todos param no mesmo lugar.
Só quem vive o preconceito conhece a dor,
Embora muitos se atrevam à julgar.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Hoje vamos quebras preconceitos,
Mostrar o porquê ser de diferentes.
Gritar e impor o respeito,
Calando a todos que duvidaram da gente.

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Hoje faremos história,
Tornar pública as marcas das batalhas.
Evidência os dias de lutas e de glória,
Guerreiro sempre, seja nos aplausos ou nas  vaias.

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Não importa a religião ou a cor,
Todos param no mesmo lugar.
Só quem vive o preconceito conhece a dor,
Embora muitos se atrevam à julgar.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

À Meia Dúzia

Se tú pensas que a poesia acabou,
Que este pobre poeta morreu.
Engano teu, pois aqui estou,
Mostrando ao mundo o dom dado por Deus

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Às vezes as palavras enchem o saco
E as rimas perdem a razão de ser.
Nos vemos em um imenso vácuo,
Numa busca sangrenta para algo escrever.

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Sem inspiração, tento ser um inspirador,
Um poeta sem amor, sem palavras, sem paixão...
Onde existia coração, só há mágoa e rancor
E onde havia um pensador, carece de razão.

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Se meia dúzia e o que tenho,
À ela eu hei de escrever.
A arte me veio e com ela eu desenho,
O que algum dia todos os olhos hão de ver...
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Luiz Paulo Miranda

Se tú pensas que a poesia acabou,
Que este pobre já poeta morreu.
Engano teu, pois aqui estou,
Mostrando ao mundo o dom que Deus me deu.

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Às vezes as palavras enchem o saco
E as rimas perdem a razão de ser.
Nos vemos num imenso vácuo,
É um busca sangrenta para algo escrever.

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Sem inspiração, tento ser um inspirador,
Um poeta sem amor, sem palavras, sem paixão...
Onde existia coração, só há mágoa e rancor
E onde havia um pensador, carece de razão.

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Se meia dúzia e o que tenho,
À ela eu hei de escrever.
A arte me veio e com ela eu desenho,
O que algum dia todos os hão de ver...
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Luiz Paulo Miranda

O Dom Que Deus Me Deu

Se tudo pensas que a poesia acabou,
Que este pobre poeta morreu.
Se enganou, pois aqui estou,
Mostrando ao mundo o dom que Deus me deu.

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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Que Saudade Daquele Café

Que saudade daquele café... Sabe aquela meia hora em que tomávamos café juntos antes dos deveres do dia a dia nos chamar? As gargalhadas que devamos antes do ponteiro do relógio nos separar, antes de cair na estrada rumo à Faculdade, antes se deitar depois de uma​ noite de trampo, antes de todos nos despedir e outra manhã chegar. Aquele saboroso café que jamais voltaremos a tomar... Aqueles 30 minutos das manhãs cheias de alegria, em que causava curiosidade nos vizinhos de saber do que "tanto esse povo ria", as piadas, as lembranças de fatos inusitados, as recordação dos parentes distantes e dos que se foram. Oh Deus, que saudade daquele café... Talvez não saibamos qual é o verdadeiro sentido da vida, mas, uma coisa é certa, "ela é muito curta para ser apequenada" e aqueles trinta minutos de cada dia da semana eram de uma imensidão, pois era o momento em que nada mais importava, era só nós. Podia estar vivendo turbulência no trabalho, semana de provas ou cheio de problemas familiar (no caso dos casados), aquele era o momento que em que nos reuníamos e isso tudo era deixado de lado.  Eu queria poder reviver aquelas manhãs eternamente em minha vida, poder voltar sentir o gosto daquele café e poder dar muita risadas na companhia das pessoas que faziam daqueles "trinta minutos" os mais incríveis do dia. Que saudade daquele café...
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Luiz Paulo Miranda

"Prefiro deixar dezenas​ de mulheres esperançosas do que uma só desiludida" (Mário Quintana)

sábado, 15 de abril de 2017

A Garota dos Sonhos

Se ontem seu perfume foi minha alegria
Agora traz tristeza, pois sou refém da ausência.
Se ontem meu equilíbrio foi sua companhia​,
Hoje a distância é uma consequência.

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Oh Deus, agora me vem uma velha questão,
"O que há por trás daquele enigmático olhar?"
Por que ao invés do "sim", eu disse "não",
Por que me entreguei ao silêncio​ tendo tanto à falar?

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Eis o enigma do coração,
É o arrepiar do corpo quando estamos ao lado.
Ser a ajuda principal mesmo com tanta opção,
É uma resposta quando nada foi perguntado.

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Da sua boca tanto esperei,
O que por outros meios muito foi falado.
Mas o tempo passou e eu não reparei,
A mulher dos sonhos sempre esteve ao meu lado.
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Luiz Paulo Miranda

A Garota dos Meus Sonhos

Se ontem seu perfume trouxe alegria,
Hoje ele é a mais pura tristeza,
Se ontem meu equilíbrio foi sua companhia​,
Hoje personifiquei-me em desequilíbrio e incertezas.

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Eis que surge uma velha questão,
"O que há por trás daquele olhar?"
Por que ao invés de "sim", eu disse "não",
Entreguando-me ao silêncio​ tendo tanto à falar.

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Jaz aqui o enigma do coração,
É o arrepiar do corpo estando abraçado.
Ser a ajuda principal independente de disposição,
É uma resposta quando nada foi perguntado.

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Da sua boca tanto esperei,
O que por outros meios já foi falado.
Mas o tempo passou e não reparei,
A garota dos meus sonhos sempre esteve ao meu lado.
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Por Luiz Paulo Miranda

Se ontem seu perfume alegrava meu dia,
Agora sou refém da ausência.
Se ontem meu equilíbrio foi sua companhia​,
Hoje a distância é uma consequência.

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Oh Deus, agora me vem uma velha questão,
O que tanto guardas por trás daquele olhar.
Por que ao invés do "sim" eu disse "não"?
Por que entreguei-me ao silêncio​ quando tinha  tanto à falar?

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Eis o enigma do coração,
É o arrepiar do corpo quando estamos ao lado.
Ser a ajuda principal mesmo com tanta opção,
É uma resposta quando muito já foi perguntado.

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Da sua boca tanto esperei,
O que por outro meio tanto foi falado.
Mas o tempo passou e eu não reparei,
A mulher da minha vida sempre esteve ao meu lado.
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Luiz Paulo Miranda

Se ontem seu perfume alegrava meu dia,
Agora sou refém da ausência.
Se ontem meu equilíbrio foi sua companhia​,
Hoje a distância é uma consequência.

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Oh Deus, agora vem aquela velha questão,
O que tanto guardas por trás desse olhar.
Por que ao invés do "sim" disse "não"?
Por que tanto silêncio​ quando há tanto à falar.

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Eis o enigma do coração,
É o arrepiar do corpo quando estou ao lado.
Ser a ajuda principal mesmo com tanta opção,
É uma resposta quando muito foi perguntado.

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Da sua boca tanto esperei,
O que por outro meio já foi falado.
Idiota, o tempo passou e não reparei,
Agora impossível voltar ao passado.
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Luiz Paulo Miranda

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Se ontem seu perfume alegrava meu dia,
Hoje sou refém da ausência.
Se ontem meu equilíbrio foi sua companhia​,
Hoje a distância é a pior das consequências.

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Aí vem aquela velha e reiterada questão,
O que há por trás desse olhar.
Por que ao invés do "sim" disse "não"?
Por que se apega ao silêncio quando deveria falar.

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Eis o enigma do coração,
Eis a resposta ao que tanto foi perguntado.
O erra é tentar responder tal questão,
Esperar da sua boca o que por outro meio já foi falado.

domingo, 9 de abril de 2017

Memorias Perdidas 2.ª Parte. Cap, II - A CONSEQUÊNCIA


                                                               II.        A CONSEQUÊNCIA


O disparo causou um estrondo monstruoso, todos vieram ver o que havia ocorrido. Eu passava a mão por todo o meu corpo buscando ver onde a bala ou os seus estilhaços havia acertado e, ao mesmo tempo, caminhava para trás assustado. Em poucos segundos as garotas do pedágio chegaram e a sala de segurança ficou lotada, não sei se pra saber se estava bem ou só por curiosidade. De fato leitor, não sei o que havia acontecido, não dá pra entender como o tiro não pegou em mim, pois o projetil ficou em vários pedaços e, por um milagre, nenhum deles pegou em mim. Conforme reportagem, palestras e filmes que assisti, quando um projetil é disparado à curta distância e atinge uma parede, seus estilhaços atingem a todos que estão próximos. Mas, por um milagre ou cosia do tipo, eu sai tremendo e quase surdo, no entanto, totalmente ileso de tudo aquilo.
Não vou negar, isso tudo fez me lembrar de uma discussão que havia tido com uma colaborada do pedágio dias antes. Naquela ocasião a colaboradora, uma frequentadora da igreja Pentecostal do Sétimo, tentava me converter a sua crença e eu, por outro lado, com todo meu discurso e malícia filosófico, tentava cultivar a dúvida acerca da existência do ser divino na coraçãozinho evangélico dela. Pois é meu amigo, ali jaz a existência do ser divino e, definitivamente, mesmo com toda a minha arrogância e egocentrismo, em casa havia alguém a orar por mim, razão pela qual aquele tiro não me atingiu... Eu fui encontrado em meio a fumaça do revolver e bastante poeira devido ao dano causado a pobre da parede, branco como as páginas deste livro e, em pânico, minhas as mãos tremiam e os meus olhos estavambem húmidos. Eu escutava um zumbido continuo, um monte de mulheres gritando comigo – Luiz, Luiz, Luiz, o que aconteceu? O que foi que você fez? – Me questionava as colaboradoras do pedágio preocupadas comigo. O fato é que, após o disparo eu fiquei meio grogue, não conseguia raciocinar muito bem nos primeiros minutos após o ocorrido. Não sei se aquilo tudo foi preocupação ou apenas curiosidade...
Além disso havia uma razão especifica para o apavoro delas e, não só pelo tiro na parede, eu era o culpado. Elas pensavam que eu havia tentado um suicídio – você estava andado muito estranho ultimamente Luiz. O que você tentou fazer? – assim disse a Karina, uma das colaboradoras, após me socorrer. Não tiro a razão dela não sabe, eu estava um pouco estranho mesmo, mas daí ceifar a própria vida, é muito até pra mim. Ocorrer que eu, bancando o maluco de sempre, dias anteriores ao fato, havia postado no Facebook algo que, para o mundo normal, parecia um pouco estranho – o que será que esse louco postou? – deve-se perguntar, caro leitor. Afirmou que não era algo demais, apenas os primeiros capítulos daquele primeiro livro, que contava minha história com meu primeiro amor. Venhamos e convenhamos, o cara começa postar sua história no face e no dia seguinte escuta-se um tiro vindo da sala dele, qualquer um iria deduzir que ele tinha tentado se matar.
Não vou negar que, se de fato suicídio fosse crime e se existisse uma modalidade culposo, eu certamente incorreria neste tipo penal, mas como o nossa legislação penal não dispões de tal tipicidade, não iria ser preso, talvez tomasse justa causa. Sim, justa causa, eu já sabia a consequência de tudo aquilo e estava pronto pra enfrentar de frente, só estava com medo de ter que adiar meu sonho por causa disso, pois também sabia que corria esse risco.
– Poxa, logo agora que estava indo tão bem – pensava eu olhando para aquela maldita arma.
Assim que me acalmei e o coração, que estava na garganta, voltou ao seu devido lugar, chamei o Supervisor Fernando no Nextel e, pedi para que comparecesse no local, dando-lhe uma prévia do que havia acontecido. Com sua chegada, conversamos e eu contei detalhadamente o que havia acontecido. Após conversarmos com a supervisora do pedágio, ele deixou o local informando que tentaria me ajudar de todas as formas, mas que poderia ter consequências graves.
A vinda do Fernando em nada influenciou, continuava muito nervoso e aquela noite parecia não acabar, mal consegui comer o tal churrasco que tanto me causou ansiedade. Eu olhava para cena do crime, olhava para aquele buraco na parede e não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Com fim daquela noite, me despedi de todos meio que com uma certeza de que não voltaria mais como segurança, apesar da supervisora do Pedágio ter garantido que aquilo em nada influenciaria no meu serviço. Eu sabia da gravidade e do risco que causei a minha vida e a de todos que ali trabalhava.
Cheguei em casa arrasado e, ao contar tudo a minha mãe, ela deu glórias a Deus por eu ter chego vivo naquele dia. Não obstante a crença na minha queria mamãe, eu queria mesmo era que tudo aquilo não tivesse acontecido. Após contar pra minha mãe, tomar um café bem reforçado e, depois contar uma três ou quatro vezes aos meus irmãos, me joguei na cama com uniforme e tudo. Após responder algumas mensagens do povo do pedágio, trocar algumas palavrinhas com a Najela, eu dormi como uma criança. Aquilo era como se o sonho fosse o meio de fuga para tudo aquilo que tinha vivenciado e tudo que vinha pela frente, pois eu era muito azarado.
Eu fui dormir era quase meio dia e acordei umas três da manhã, isso porque o telefone, em um volume bem alto, anunciava a ligação de um número estranho, porém, ao tentar atender, a ligação caiu. Curioso, pois havia um monte de chamadas perdidas daquele número, maldita curiosidade, liguei de volta acreditando que fosse alguma das minha “amiga” do pedágio querendo saber como eu me encontrava, mas, pra minha surpresa, foi um homem que atendeu, pois as tais amigas não estavam nem ai para o idiota aqui. O referido homem que atendeu a ligação era o supervisor Fernando que havia passado o dia todo me ligando, pois, segundo ele, tínhamos que registrar um Boletim de Ocorrência. Após me explicar tudo, em poucos minutos, o Fernando estava em frente a minha casa, sob a alegação de que iriamos registrar a ocorrência. Isso era às três da manhã... Ao entra no carro da Prosegur com o referido Supervisor, ele me disse:
– Isso que vou te falar não sou eu que estou te contando tá – falou o Fernando disse-me Fernando, acrescentando – se contar algo desta conversa eu vou negar até a morte – encerrou ele causando extremo suspense.
Eu balancei a cabeça concordando com os termos estabelecido e ele seguiu dizendo que o Coordenador Darci havia ouvido toda a versão apresentada por ele e que tentou tudo em minha defesa, mas que só isso não bastou, posto que teve ordens de vir a minha casa para registra o Boletim de Ocorrência. O Fernando contou que tem que ele pensava no profissional de forma humanista, mas que o Darci, da forma que falou, não parecia ter a mesma visão e, para ele, o vigilante não parece passar de mero número ou peça que é facilmente substituída.
– Na certa o coordenador Darci está querendo arquitetar uma justa causa – disse o Fernando mostrando estar do meu lado – no seu lugar eu não faria Boletim de Ocorrência, pois você não é obrigado a constituir prova contra você – acrescentou ele ainda sério.
Não vou negar, acreditei nele, mas a coisa começou a ficar estranha quando ele, mesmo me dando aquele conselho, foi comigo até à frente da Delegacia, o que deixou tudo muito estranho. Sabe, aquele GPS ligado parecia servir para registrar o local por onde o carro passava e, estar na delegacia, era como se eximisse o Fernando de algo.
– Estamos em frente à delegacia – dizia o Fernando elucidando as opções – agora vai de você registrar o boletim de ocorrência ou não.
Até hoje não sei se ele foi mesmo aquele amigo todo, mas depois de tudo que falamos no caminho até ali, só se eu fosse louco iria registrar algum Boletim de Ocorrência. Ocorre que, com minha negativa, ele deu a bela ideia de eu ir até à Prosegur e conversar com o tal do Darci, o que aceitei de imediato. Eu queria olhar para a cara daquele que queria minha cabeça. No entanto, foi a pior besteira que eu fiz... Sabe, esse meu jeito de querer peitar e enfrentar tudo de cara é um verdadeiro ponte de interrogação em minha vida, até hoje não sei se é vício ou virtude, mas, uma coisa é certa, trouxe mais prejuízos que lucros.
Fato é que, da delegacia fomos direto para Prosegur, próximo ao prédio da Philips, em uma das saídas da Marginal Tiete. Cheguei ao local e, após o Fernando se despedir, eu fiquei lá esperando... Eu tomei um chá de cadeira naquele lugar leitor, puta maldade. Pra ser mais específico, cheguei às cinco da manhã e o filho da puta veio falar comigo às dez da manhã. Só que a coisa não para por ai não, pois, ao sentar à mesa frente ao tal Darci, o filho da puta, após eu narrar com detalhes o que havia acontecido, teve a audácia de falar que eu estava brincando com a porra da arma, oportunidade em que travamos uma breve discussão.
– Você acham que eu sou idiota – seguiu o Darci interrompendo a linda história narrada por mim – vocês ficam brincando com a arma durante à madrugada, só falta enfiar no cú e agora vem com esse papinho pra cima de mim. Você acha mesmo que sou idiota – acrescentou ele.
Acredito que certas palavras não devem ser ditas, por mais que o nível de raiva seja incontrolável, porém, a desgraça já havia ocorrido e, não tendo mais nada a perder, de maneira nenhuma eu ria deixar aquele almofadinha levar uma comigo.
– Seria muito difícil eu sair da minha cama a hora que sai e, pior, fica esperando quase cinco horas pra ser atendido, para te chamar de idiota, mas, por atitudes como as que acaba de mostrar, acho que não há termo que possa te qualificar melhor – disse eu àquele imbecil após suas palavras ofensivas.
– E por que você não quis registrar o Boletim de Ocorrência? O Fernando disse que você se recusou – questionou ele já num tom mais amigável.
– Não sou obrigado a constituir prova contra mim e, além disso, eu passei no concurso da Polícia Militar e isso pode me prejudicar – respondi olhando nos olhos dele.
Depois dessa resposta o cara mudou de cor, saiu da sala e não voltou mais, sendo que, passado vinte minutos, pedi pra que uma moça que fossem atrás dele. Fala a verdade leitor, esse cara merecia um tiro bem no meio da testa. Com isso, a moça voltou com a informação de que eu deveria comparecer no dia seguinte na base da Prosegur na Barra Funda com o uniforme às oito. Isso significava Adeus pedágio, mas, ao mesmo tempo, à luz da legislação trabalhista, um perdão tácito e que, em tese, não poderia mais haver uma justa causa, o que naquela época nem fazia ideia que existia.
A volta pra casa foi triste e cansativa, pois, além de ter que andar até à estação da Lapa pra pegar o trem, eu estava destruído emocionalmente. Toda empresa de segurança tem uma base, é o local onde ficam os vigilantes problemáticos ou os trezes, como a gente é acostumado a chamar. Os trezes não têm posto fixo, são colocados onde falta alguém ou seja, em qualquer posto ou local do Estado que precisar. Lembra daquele vigilante, o Roberto, que chamou a mulher do cliente do Shopping de “Golf”, ou gostosa no código “Q”[1], então, ele era da base. Jamais me imaginei estar naquele situação, além disso, eu estava de férias da faculdade e tinha sido aprovado em tudo. Como que eu iria fazer quando voltasse às aula, ira pra noite e pagar o dobro de mensalidade? Eram questões que latejavam na minha mente, desejava voltar no tempo e mudar tudo aquilo que aconteceu, mas, ressalvado os filmes e desenhos que tanto gosto, as laudas do tempo são escritas com a pena do destino e com tinta da consequência. Eu tinha que suportar aquilo de frente e pedir a Deus que me desse força para tanto.
Ai você se pergunta, onde estão os amigos e a “namorada”, são nessas horas que a gente sabe a força que nos dá a família. A Najela volta e meia me mandava mensagem no face, mas não passa disso. Quanto ao pessoal do pedágio, todos se sensibilizaram comigo e também me mandavam mensagem, mas o abraço, algo que de fato estava precisando, só recebi da família e Gil.
Quem é Gil deves se perguntar amigo leitor... Se você se lembrar da Priscila, minha namoradinha do pedágio, que descrevi no primeiro capítulo, a Gil ou Gilmara, se assim preferir, era amiga da Priscila. Ela havia entrado no pedágio há poucos dias antes do ocorrido e, quando vinha uma garota nova, era sempre algo muito especial, pois era uma história de vida diferente, uma conversa diferente e várias possibilidades de envolvimentos diferentes. Quando soube do ocorrido, a Gil ficou super preocupada, me ligou e deu maior força pra mim, razão pela qual acabamos por marcar de nos encontrarmos no Parque do Paturis. Sim, teve mesmo o abraço citado, mas não ficamos só nisso e também não chegamos onde tanto insisti que fosse, resumindo em muito mão boba, mordidas... Pegar a melhor amiga de sua “namorada” é um sonho, ao menos pra mim, mas confesso que, depois da semana que eu havia passado, eu estava pouco me lixando para o que os outros pensavam. Poxa, eu quase morri e, na certa, iria ser mandado embora. Quando a levei até a estação para pegar o trem, a Gil me fez prometer que jamais contaria a Priscila, promessa que, até o presente momento, não havia sido quebrada. Sei que tudo tem sua consequência, mas o livro é meu e as memórias são minhas e consequência são apenas consequências...
Por falar em consequência, no primeiro dia na base, cheguei com uma cara de poucos amigos, mostrando não estava ali por prazer e que não iria ficar por muito tempo não, ocasião em que, ao ver o supervisor responsável, disse que não tinha interesse de ficar ali, pois fazia faculdade de manhã e que providenciasse um posto para mim no turno da noite. O tal supervisor informou que não sabia como proceder e que iria falar com o coordenador Darci. Leitor, naquela altura do campeonato, as minhas veias engrossavam só de ouvir esse nome, dava vontade de socar quem estivesse na minha frente. Após conversar com Darci no Nextel, o tal supervisor veio até minha informando que era pra eu esperar em casa e que eles iriam entrar em contato comigo, oportunidade em que, sem demora, peguei minhas coisas e me mandei.
O que acha leitor, vou ficar olhando para o teto e esperando o Darci ligar pra mim pedindo perdão por tudo.
Luiz Paulo, perdoe-me por ser tão grosso, um idiota e imbecil, você é uma peça fundamental à empresa, pode voltar ao seu posto e continuar trabalhando junto aquela galera tão bacana – seria muita ingenuidade minha.
Então, caro leitor, no dia seguinte não quis saber de espera porra nenhuma, comprei uma jornal amarelinho e fui em busca de um novo emprego. Sim, eu tinha responsabilidade com minha faculdade, com a pensão do Murillo e as contas pessoais, não podia me dar o luxo de ficar desempregado. Pra piorar, eu ainda não tinha me recuperado financeiramente. Se se recorda bem leitor,  eu tinha pago a passagem da minha mãe para ir ao velório da minha vó, gastei com o exame de DNA no ano anterior, minha moto havia sido aprendida, peguei empréstimo no banco, tinha os gastos com a faculdade e etc... Eu não era mais aquele exemplo de controle econômico, pois tudo acima citado fiz com que as minha economias despencassem e minha filosofia do caixa dois se tornasse caixa um. Era triste como eu andava na corda bamba, como eu pagava tudo e sobrava tão pouco, era cinquenta em um mês, trinta ou até vinte reais em outros. Fazer faculdade era lindo, um verdadeiro sonho, mas a faculdade às vezes era um sonho bem caro, não fazia ideia de como era caro e olha que eu nem comprava todos os livros que pediam para que eu comprasse...
O fato é que eu não podia ficar desempregado, razão pela qual, em posse dos documentos pessoais e de alguns endereços obtido no jornal fui em busca de um novo trabalho. Como na história bíblica, o bom filho à casa torna, razão pela qual o primeiro local que fui foi a empresa Nacional de Segurança, meu primeiro trabalho, empresa que agora era chamada de Vanguarda. Eu tinha uma ingênua certeza de que eles iriam e deviam me contratar de volta. Sei lá, já que eu tinha que continuar trabalhando na área de segurança, que fosse na empresa em que eu comecei, além do mais não havia qualquer obstáculo para minha contratação, vez que eu não era um funcionário problemático ou tinha sido mandado embora por justa causa. No entanto, amado leitor, rapadura é doce, mas não é mole não, eu cheguei e preenchi a ficha, fiz entrevista e, ao falar que já tinha trabalhado pela Nacional, sem fazer qualquer outra pergunta, a moça disse que eu tinha que esperar em casa, que eles iriam ligar.
Voltei acabado, era como se um trator estivesse passado por cima de mim, queria morrer, pois jamais achei que as portas daquela empresa viesse a se fechar para mim. Tá eles podiam me ligar, mas você acha mesmo que eles iriam ligar para mim? Bom filha à casa torna um caralho, a vida real é triste e dolorosa... Passava um filme na minha mente, aquela imagem minha pedindo demissão um mês antes de sair o décimo terceiro para ir trabalhar naquele inferno chamado Shopping Tamboré e se encerrando com o clarão e zumbido causado pelo disparo de arma de fogo na parede. No entanto, em meio à tempestade vem a bonança, foi o que senti ao atender o telefone e falar com uma moça chamada Roberta.
– Então Luiz Paulo, precisamos que o senhor compareça à empresa amanhã pra gente decidir como iremos fazer, se o senhor vai retornar ao posto ou se vai para outro – disse a Roberta trazendo luz e alegria aquele dia tão escuro e triste.
No dia seguindo lá estava eu bem cedinho, pronto para pedir desculpas ao Darci e retornar ao Pedágio do KM 18, pois havia aprendido muito com o ocorrido. Após aquele bom e velho chá de espera, fui chamado e subi o elevador até uma das sala para falar com um tal de Higor. Na ocasião fui recebido por dois rapazes, oportunidade em que, sentado na mesma mesa onde dias antes tinha discutido com Darci, me deram a pior notícia que poderia receber.
– Luiz, foi feita uma perícia no armamento e não foi constatado qualquer falha mecânica, – disse Higor sentado fronte a mim – assim a coordenação decidiu por te dispensar por justa causa – encerrou ele entregando a mim um papel.
Palavras doem, mas é difícil explicar o que aquelas palavras fizeram comigo, me senti um lixo e sem qualquer disposição depois daquilo.
– O senhor decide se quer ou não assinar – disse ele me entregando uma caneta, oportunidade me que, com minha negativa, os dois assinaram no meu lugar.
Juro pra você leitor, as lagrimas que segurei lá dentro, vieram com tudo no momento em que passei por aquela porta. O que eu iria fazer, tinha o Murillo, faculdade e o que eu iria dizer a minha mãe? A cada passo via meu sonho cada vez mais distante. Do que adiantou ser o melhor da sala para trancar a faculdade no semestre seguinte. Eu temia parar, pois sabia que o retorno era muito difícil e, praticamente sem salário, não sabia o que eu ia fazer, no entanto, para aquele que persiste, sempre há uma solução, o um novo começo...





[1] MIRANDA, Luiz Paulo. Memorias perdidas. Fls.314

terça-feira, 4 de abril de 2017

Nunca é um Adeus

Agradecer sempre é mais difícil do que criticar e olha que críticas são comigo mesmo... Mas, sabe aquele último minuto, aquele momento em que, por mais que tenha tentado​ prorrogar,  o "até logo", o "até amanhã" ou o "até mais" dão lugar a um triste "Adeus"?  É nesse momento que o homem percebe que não é nada do que tenta transparecer e que, apesar do acúmulo de informação angariada ao longo da prática profissional, a buscar por conhecimento é eterna e se renova a toda manhã. Nesse momento a cara de marrento some, o olhar fixo e de bravo dá lugar a um outro mais úmido, tristonho e cabisbaixo. Eu apanhei para entender lógica da coisa, vi injusta e, diante delas, me senti impotente. Uma coisa é certa, quando pessoas começam à chorar ou saem na porra na sua frente, às vezes por pouco outras por muito, o processo deixa de ser um mero número. Então, no último ano deixei de lado diversos temores, abandonei a arrogância ministerial e ampliei minha  visão para além das montanhas institucionais.  Passei a enfrentar tudo como um novo desafio, independente da complexidade, pois finalmente entendi que adequar o fato à norma não deve ser uma regra robótico. Agradeço a Deus pelas pessoas que colocou em meu caminho, pois foram verdadeiros anjos, e pela oportunidade de poder ter dado sempre o meu melhor, de poder ter colocado minha alma e um alto grau de comprometimento em tudo que pus a mão. Rebater uma acusação feita por você mesmo é pra poucos... Digo apenas que as marcas são eternas e as laudas do tempo hão de provar isso, pois ver os dois lados de uma mesmo moeda é algo que nos diferencia em qualquer lugar. Eu agradeço de coração, sei que sou chato pacas, mas os amigos que fiz são para toda vida. É como me disse a Gabizinha, o mundo é pequeno e a vida é curta, razão pela qual, cedo ou tarde, nossos caminhos voltam a se cruzar, pois nunca é de fato um Adeus...
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Luiz Paulo Miranda

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Aprendi que quando se é pobre, preto e feio, devemos nos acostumar com rejeição e o preconceito. Isso mesmo, vamos passar a vida toda não só levando diversos "não's", mas também surpreendendo alguém e quebrando diversos paradigmas, pois a história diz que isso é herança deixada pelos que sobreviveram as senzalas. Uma coisa é certa, se a pessoa for com sua cara, até o cheiro do seu peido é passivo de elogios, mas se não, eh meu caro, aí bicho pega. Hoje olhar de desconfiança nenhum tem o poder de me amedrontar, sou muito mais do seus olhos podem ver e, com as armas e aliados que a vida me deu, bastante perigoso. Assim, não devemos só dar o nosso melhor, mas passar por cima de tudo e de todos para estarmos sempre entre os melhores, pois capacidade temos de sobra.
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Luiz Paulo Miranda

Um amor incondicional,
Tento entender esse sentimento,
Tudo aconteceu de forma Natural,

domingo, 2 de abril de 2017

terça-feira, 14 de março de 2017

Entender ou Viver

Do sensato à insanidade,
Do comum ao anormal.
Enquanto uns buscam à publicidade,
Eu luto pra não sair do natural.

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A vida nos mostra o caminho,
Segue aquele que tem coragem.
As melhores coisas não fazemos sozinhos,
Pois, além de aprendiz, nós estamos de passagem.

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Na vida já errei demais,
Mas não digo que me arrependo.
O que foi não volta mais,
Enquanto uns tentam enteder, eu sigo vivendo.
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Luiz Paulo Miranda

Primeiro passo é conquistar,
Segundo é levar pra cama...
O terceiro é namorar,
Já o quarto é ser pra sempre a minha dama.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Memorias Perdidas 2.ª Parte. Cap, I - O Disparo


          I.   O  DISPARO

Poderia iniciar essa história pelo termino daquela, mas ficaria muito comum se assim o fizesse, razão pela qual, não sendo muito fã do que é comum ou natural, elegi a madruga do dia 06 de junho de 2012 como nosso ponta pé inicial. No entanto, a referida madrugada não foi uma madrugada qualquer, pois a partir daquela data minha vida tomou rumos totalmente inesperados e todo o equilíbrio que tinha foi por agua abaixo. Era um churrasco qualquer e o vigilante, em sua sala, concentra seus pensamentos em seus a fazeres, mas de uma hora pra outra, escuta-se um forte estrondo semelhante a um tiro vindo da sala de segurança, momento em que todos para lá correram. O palco de tal tragédia era o Pedágio do KM 18 da Via Oeste, local onde o tal vigilante prestava serviços pela empresa multinacional chamada Prosegur. Antes que eu possa te explicar o desfecho dessa fatalidade e seus detalhes, vamos saber o que de fato ocorreu.
Como a maioria dos vigilantes, minha escala de trabalho era a famosa doze por trinta esses, ou seja, trabalhava um dia e folgava outro, enquanto o pessoal do Pedágio trabalhava dois dias e folgava dois. Assim, cada noite eu trabalhava com um pessoa diferente. No trabalho eu usava um Revolver Taurus Cal. 38, com um Nextel e uma lanterna maneira. Tirando o fato do revolver viver travando, o trabalho era bem legal, pra dizer a verdade, eu adorava tudo aquilo ali, me senti em um arem, lotado de mulheres, algumas bonitas já outras nem tanto, porém, todas tinham vagina e isso que importa, razão pela qual aquilo parecia um sonhos. Se me conhece bem leitor amigo, saberá que, independente da beleza daquelas que enfeitavam e alegravam o ambiente, eu iria me sentir no oásis e que seria questão de tempo pra que eu, com a devida modéstia, me envolvesse com uma delas ou mais delas, levando em conta que as pessoas dos plantões pouco se viam. Meu horário do trabalho era das seis da noite às seis da manhã, como tinha uma Van fretada, não tinha necessidade de ir de moto, mas às vezes eu ia mesmo sem ainda estar com habilitação.
Diferente daquele inferno que era o Shopping Tamboré, o Pedágio era o céu, pois eu trabalhava com uma farda muito bonita, com detalhes marrom e amarelo, com um colete e, infelizmente, com um revolver Cal. 38 da Taurus, que, como já disse acima, vivia travando. Eu trabalhava durante à noite e, em seguida, tomava o caminho da Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC). Era muito difícil ficar acordado durante à aula, mas, quando eu via que não ia conseguir vencer o sono, ligava o gravador do celular e dormia tranquilamente.
Já que toquei nesse assunto, vamos falar do início da minha jornada na faculdade de Direito. Devo dizer que, fora a soberba de alguns colegas, os quais tinham tesão em esfregar na cara dos menos favorecidos (como eu) seus diplomas, status social e cargos públicos. Meu primeiro semestre no curso de Direito teve um início tranquilo, eu havia retomado a estabilidade financeira e conseguido finalmente ter tranquilidade. Na minha sala havia um cara chamado Rogério, que era contador e dava aula no curso de Ciência Contábeis da Fatec; tinha a Suely, que além de ser uma coroa linda, era escrevente Tribunal de Justiça e sem conta minha amiga Luciana que era escrivã na Polícia Civil. Além dos citados, havia também policiais, políticos, assistente sociais e professores, quase todos donos de um soberba e arrogância únicas. Então eu me sentia um peixinho em meio a tantos tubarões, pois o negócio ali ia de político a dono de vários imóveis, mas com o tempo me dei conta de que isso não era nada. Tive aula com o Professo Ladenilson, com o Professor Otto Rubens e com a Professora Elisaide, pessoas que aprendi admirar e com o tempo se tonaram grandes amigos. Lembro de certa vez ir conversar com o professor Otto e perguntar pra ele se o fato de eu não ser um cara viciado em leitura poderia me atrapalhar no curso, ocasião em que ele me falou que esse hábito, como muitos outros, deveria ser estimulado e que, se eu me dedicasse, isso jamais seria empecilho.
No meio daquele semestre eu consegui finalmente tirar minha habilitação e passeia a andar de moto sem qualquer peso na consciência, agora eu saia à hora que eu queria e como eu queria. Assim, quando eu saia do trabalho ia de fretado até o centro de Carapicuíba, oportunidade em que pegava um ônibus direto pra casa. Em casa eu tomava o café com minha mamis e depois, de motoca, saia igual louco pra faculdade. Se acompanha minha história, saber tão bem quanto eu que a habilitação significava muito, pois foi algo que se construí sobre diversos fracassos e fraudes, mas agora nada daquilo importava.
Eu tinha blusa do exército que, somada a minha cara de bravo, dava medo em muita gente. Então eu chega na minha Honda/CBX 200, com aquela cara de bravo, no meio daquele monte de gente arrogante, não falava com ninguém e sentava no meu cantinho. Era considerado o cara que ficava no seu cantinho e pouco falava.
Acho que o que ficou marcado na memória de muita gente, foi um colega chamado Guilhermano. Leitor, imagina um cara doido e agora multiplica ele por dois, esse era o Guilhermano. O cara simplesmente, durante a aula ele levantava umas dez vezes para ir ao banheiro, interrompia diversas vezes a aula e, quando questionado, o Gilhermano simplesmente ameaçava a pessoa de morte. O cara não batia bem não, ele dizia que tinha o desejo de ser juiz, pensa o juiz doido que não seria...
Uma coisa que me chamava a atenção, era como aquele povo gostava de compra livros, era uma ostentação maluca. Eu via pessoas comprando um livro por dia, vindo de mão vazia e saindo capengando com tanta legislação e doutrina. Ai você se pergunta e você? Bom, eu achava aquilo tudo uma perda de tempo, pois havia tudo na internet, nem sempre tão mastigado, mas tinha, era só saber procurar. Além do mais eu ainda estava com a mesma preguiça de sempre quanto a leitura e tinha que mudar o hábito como disse meu saudoso professor.  A verdade que, tirando as revistas em quadrinhos, tipo Turma da Monica e HQs da Marvel, não precisava de muitos dedos para saber quantos livros já tinha lido na vida.
Em casa as coisas estavam tranquilas, apesar de muita cosia não ter mudado, posto que ainda estávamos na mesma, eu ainda era o skatista, Ex-lavador de carro e vigilante que está tentando se tornar doutor. No entanto, quando comecei a faculdade minha mãe havia viajado, já que minha avó tinha acabado de falecer, tendo ficado no Estado do Espirito Santo por quase quatro meses. Como sabe leitor, a vida sem minha mãe em casa era um inferno, a gente não tinha regras e, por mais que tentássemos, fazer tudo certinho, a casa parecia um lixão.
A minha vida pessoal, não diferente dos fatos apontados acima, continuava na mesma, pois eu estava louco pra comer uma garota virgem, quem minha imaturidade dizia estar apaixonado, e, além disso, teimava em cultivava outros esquemas, dentro e fora do ambiente do ambiente de trabalho. Como disse acima, eu amava aquele trabalho e era questão de tempo até que me envolvesse com alguém, pois é leitor, era questão de tempo até arrumasse outro esquema. Meu serviço era garantir a segurança do pedágio, então ficava fazendo rondas pelas cabines e, em razão disso, ficava a noite toda conversando com a mulherada, um pouco na cabine de cada uma delas. Com o tempo fui percebendo uma característica especial minha, sim leitor, eu sabia escutar os problemas femininos como poucos conseguem e, quando tinha que falar, em razão do fato de ter escutado tudo, sempre dava um belo parecer acerca de qual que fosse o assunto. No entanto amigo leitor, se é que me entende, poderia dizer que não era o lugar onde havia 100% de beleza externa reinava não, porém, havia muita perversão no local e, particularmente, eu amava isso. Outra coisa que me chamava muito a atenção era que as mulheres entravam santinha e, com o tempo, elas desandavam e ficavam muito safadas. No entanto, não vou entrar em detalhes, uma vez que devo tomar cuidado pra não atingir a honra subjetiva de ninguém.
Deixando a vida dos outro e voltando a minha, digo que a primeira garota que fiquei no pedágio se chamava Priscila e, acredite se quiser, tal como a Najela, ela também era crente, pelo monos dizia ser. Nós tínhamos um rotina muito estranha, já que eu vivia na cabine dela quando deveria está fazendo rondas... A gente se pegava cabine depois que ela voltava da janta, o que quase todos sabiam, mas ninguém dizia nada, já que era algo normal no local. Com o tempo a Prih passou a se interessar muito em mim e a não olhar com bons olhos o fato de ficar de papinho com várias mulheres, razão pela qual eu passei a ficar mais tempo com ela do que com com outra pessoa, mas ela só estava lá em apenas um plantão. Ou seja, se eu trabalhasse com a Priscila na segunda, na quarta iria trabalhar com outras pessoas, só voltando à trabalhar com ela apenas na sexta, mas isso eu entro em detalhes depois.
Já que tocamos na questão relacionada a minha vida pessoal, vamos em frente então. Naquele semestre, depois de quase dois anos insistindo numa relação conturbada com a Najela, eu finalmente deflorá-la... No entanto, tudo mudou depois daquele dia, mas isso conto a seguir... Não irei descrever a primeira vez da garota, vez que tenho apresso pela amizade dela, digo apenas sua imaturidade e insegurança não deixaram com que eu atingisse o orgasmos, uma vez que, assim que teve o seu primeiro, pediu pra que eu parasse. Tem coisa pior que alguém pedir para você parar a foda? Sério, imagina comigo, você está ali com rabão que ela tem diante de você, sente que o negócio vai ficando cada vez mais húmido e lubrificado, ai o “seruhminainho” manda que você pare. Fato é que as subsequentes foram bem melhores e, além de mais demorado, nosso sexo passou a ser mais intenso e selvagem. Sim leitor, passou a ser algo instintivo, bastava eu olhar para Najela que ela jogava aqueles peitões na minha cara ou rebolar vagamente sempre que sentada no meu colo, bem como não ficar mais sem graça quando se deparava com meu pênis ereto na sua frente. Ela se tonou a ninfomaníaca que sempre foi predisposta a ser e aquilo me excitava de uma forma incrível a ponto de querer chupá-la por horas, mas ela nunca tinha tanta disposição de tempo. Por que mudou? Mudou porque a consciência humana é algo demoníaco, posto que, sempre após a consumação do ato sexual de forma magnifica, a Najela só faltava cortar o pulsos, o que me irritava. Ai você pergunta, por que não se casam? Pois é amigo leitor, se fosse simples assim, pelo que sentia a época e aquele tesão todo, entraria de cabeça, mas ela queria um Varão e eu era o cara da varinha... Brincadeira, nem é tão pequeno assim, dá pra fazer um estrago. Fato é que a Najela queria um obreiro sabe, um pregador, cantor ou missionário, ou seja, alguém da igreja e pra casar. Não dizia, mas deixava claro quando das minhas negativas aos convites a comparecer a sua igreja. Além disso, o fato de eu ser pai sempre incomodou ela e a sua mãe, parecia ser uma pedra em nosso caminho.
Falando em ser pai, com exame de DNA e com a virada do ano eu passei a ser um pai totalmente diferente, pois agora não havia boca ou olhos que diria que aquela coisinha do zoião não era meu filho. Passei a fica mais tempo com o Murillo e brigar menos com a mãe dele, já que a aquela garota que conheci em frente à Bit Comapany, aquela garota que parecia uma atriz de seriado norte americano ou aquela me seduzia com um único sorriso já não mais existia. Pois é caro leitor, o tempo é cruel, uma força implacável e sanguinária, não há ninguém que escape, mas isso os próximos capítulo tratarão de explicar isso. No entanto, os enormes olhos daquele que carrega o meus gens sempre ira me lembrará daquela que o tempo, a maturidade e as trezentas páginas do livro anterior fez questão de destruir, ou seja, o meu primeiro amor.
Deixemos de lado a primeira vez da Najela e essas questões místicas envolvendo à paternidade, voltemos às atenções à faculdade e vos conto um pouco do meu desempenho enquanto aluno. Eu olhava aquele povo bem sucedido e queria ser tão bom quanto eles, mesmo sem muita verba para comprar os livros, então, com ajuda da internet, eu ralava muito. Estudava no ônibus, em casa nos dias em que estava de folga e por várias vezes no horário do intervalo, razão pela qual minha nota sempre ficava lá encima. No entanto, algo me assustava demais, algo que sabia que seria meu maior inimigo durante todos curso, maior até que a minha falta de apresso pela leitura, era os seminários. Não tinha feito qualquer curso de oratória ou comunicação pessoal, então aquilo me assustava muito. Meu primeiro seminário na Faculdade era pra falar sobre Rene Descartes e a teoria do método. Foi bem o que está pensando caro leitor, eu fui muito mal, uma  verdadeira vergonha... Pra ser mais claro, com as mãos tremendo e a voz falhando, eu peguei a folha que tinha na mão, coloquei na frente do rosto e comecei a ler. A cara da Professora Elisaide quando terminei de ler aquilo tudo era de dar medo, ela quase acabou comigo. Outro vieram, mas nada foi diferente, um exemplo foi o seminário do Hengel, que seguiu quase a mesma linha de vergonha. Como um advogado teme o público? De fato eu não conseguiria responder isso, pois os olhares lançados a mim sempre tiveram o poder de furtavam-me o chão e, consequentemente, as palavras.
Voltando as questões referente a leitura e, claro, esquecendo a vergonha do seminário, digo que o primeiro autor que li quando entrei na faculdade foi Machado de Assis, coisa de louco né... Foi o melhor livro que já li, se chama “Dom Casmurro”, o qual tem um história própria. Aquele livro quem estava lendo era minha amiga Bruna em 2011, quando estávamos no curso Preste. Na ocasião a Bruna disse que estava lendo aquele livro e comentou comigo que o autor era meio estranho, falava algumas coisas sem sentido, tais como que conhecia o cara de bigode e de chapéu. Diante isso fiquei curioso e pedi emprestado o livro, ela me emprestou, mas alertou que era da biblioteca do cursinho e que eu tinha que devolvê-lo. Ocorre que, eu sai do cursinho Prestes, entrei na faculdade e só depois do conselho do professor foi que resolvi abrir ao livro, pois era o único que eu tinha. Ah, e eu também não devolvi o livro pra biblioteca do cursinho.
Me sinto na obrigação de largar as frustações nos seminários e da leitura, voltando aos esquemas. Por que não falar um pouco dos esquemas, sinto informar que, com início da minha vida acadêmica, foi reduzindo-se o dinheiro e, com ele, os esquemas. Eu não sabia que estudante sofria tanto. No entanto, naquela semestre eu ainda sai com uma moça que, por incrível que pareça se chamava Rozineide, assim como minha irmã. Conheci a Rozi naquele inferno chamado Shopping Tamboré, ela trabalhava pra uma empresa que fazia com que as pessoas acumulassem pontos em compras certos produtos. Conseguir o telefone naquela época não foi algo difícil, o problema foi leva-la pra sair, posto que, ela jurava de pés juntos, que era virgem aos vinte e três anos. Maldição de Luiz Paulo... Não a levei para motel se isso que pensas, conhecendo ela como conheço, jamais conseguiria, mas foi um ótimo encontro no centro de Osasco. Apesar dos beijos e não haver mais encontros depois, ela se transformou em uma grande amiga. A Rozi era uma garota inteligente e, sem qualquer frescuras, os assuntos com ela fluíam e seguiam rumos incontroláveis. Ela dizia pra mim que queria ser engenheira, contei um pouco sobre minhas frustações familiar e ela também contou um pouco obre as da dela. Naquela noite a nossa despedida foi cheia de muitos beijos, mãos bobas e várias promessas, as quais não chegaram a sair do plano metafisico. Talvez por trauma ou cautela, mas a palavra virgem era sinônimo de paciência e muito xaveco, tudo o que eu não queria mais pra minha vida. Sabe o fato é que eu sou o principal culpado, uma vez que a iniciativa deveria vir de mim e não veio. Ocorre que, pouco tempo depois, o irmão da Rozi voltou para Minas e ela teve que se mudar para São José dos Campos. Fato é que, talvez pela mudança ou simplesmente inércia da minha pare, a freezon foi determinada pelo plano superior e nossa amizade foi deixando de ter a coloração que tinha para se tornar algo bem mais natural e, com a mudança, virtual.
Dito tudo isso, voltamos nossa atenção àquela noite em especial do mês de junho do ano de 2012. Era dia de churrasco no pedágio, razão pela qual eu não levei marmita e, como sempre, estava sorridente e brincando com todo mundo. A galera lá era muito legal, eu tinha um convívio muito bom com ele, conversávamos de tudo e sobre tudo. Apesar da perda da minha vó, aquele semestre era perfeito, estava em um trabalho tranquilo, tinha feito vários amigos, passei direto em todas as matérias na faculdade enquanto meus amigos da soberba fora quase todos para exame, mas aquela noite, como uma facada no coração, me trouxe de volta à realidade, aquela realidade que eu havia esquecido.
E que realidade era essa? Cursar Direito sempre foi um sonho, eu queria falar, vestir e ser tratado de forma diferente, não só isso, eu queria fazer a diferença e mudar o mundo a minha volta. E como eu faria isso, como concorrer para uma bolsa num curso tão caro e como competir com vários que vinham de escola particular enquanto eu era de escola pública, não só isso, eu era de uma escola pública e de supletivo. Fazer a diferença, essa era a ideia, é aquele semestre era o chute inicial para que pudesse mudar minha vida e a vida das pessoas a minha volta. No meio do ano minha mamis já havia voltado e que já tinha feito minha rematrícula para o segundo semestre. No entanto aquela noite podia mudar tudo.
Como dizia, em dia de churrasco o segurança fica mais tranquilo, não leva marmita, apenas um refri para ajudar na festa. Lembro que era 21h00, fiz uma última ronda pelas cabines afim de que, logo após, me retirar para comer meu churrasco e fazer o livro relatório do dia, o que fiz com extrema eficiência. Chegando à sala de segurança, tirei a arma do coldre a fim de que de ter mais facilidade no saque e liberdade para escrever, pois estava sentado. Ocorre que, não só contente em tirar a arma do coldre, eu, seguindo orientações do instrutores do Escola de Vigilante, inventei também de abrir o tambor da arma objetivando deixar o revolver aberto na mesa. Como eu disse no início, aquela era uma arma estranha e tinha o costume de travar o tambor na hora de abrir, tendo que forçar a lateral do gatilho para abrir. Caro leitor, ocorre que, ao abrir o tambor, a arma simplesmente dispara, atingindo uma parede que estava a um metro e meio da minha frente, fazendo com que a bala se espatifasse e todos que ali estavam correram pra ver o que tinha havido. Bom, eu não morri, mas aquele dia deixou sequelas que o tempo não é capaz de apagar, porém, isso é assunto para o próximo capitulo. Vamos à consequência.

Só Queria Ir Embora

Só quero ir embora, Não quero mais ficar aqui... Acho que já passou nossa hora, Com ou sem sofrimento, o adeus há de vir. # Sim, só quero di...