Me lembro do olhar,
Me lembro do cheiro.
Sinto falta do calor ao me abraçar
E do amor incondicional, puro e verdadeiro.
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És tú, oh tempo, nosso grande vilão.
Por que todos um dia tem que morrer?
Refém do medo e sem muito entender, nos apegamos à religião,
Acreditando que do céu o Messias há de descer.
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Dizem que quem ama nunca diz Adeus,
Porém, o tempo trata nós contradizer.
Independente do que vive ou viveu,
Cedo ou tarde, a despendida vai acontecer.
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Tudo tem por fim à memória,
O cheiro, o abraço, o calor e até o olhar...
Tornaremos personagens dessa longa história,
Que o fim, independente de teoria, vive a nos aterrorizar...
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Por Luiz Paulo Miranda