Se tú pensas que a poesia acabou,
Que este pobre já poeta morreu.
Engano teu, pois aqui estou,
Mostrando ao mundo o dom que Deus me deu.
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Às vezes as palavras enchem o saco
E as rimas perdem a razão de ser.
Nos vemos num imenso vácuo,
É um busca sangrenta para algo escrever.
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Sem inspiração, tento ser um inspirador,
Um poeta sem amor, sem palavras, sem paixão...
Onde existia coração, só há mágoa e rancor
E onde havia um pensador, carece de razão.
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Se meia dúzia e o que tenho,
À ela eu hei de escrever.
A arte me veio e com ela eu desenho,
O que algum dia todos os hão de ver...
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Luiz Paulo Miranda