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Carapicuiba , são paulo, Brazil
Advogado inscrito OAB/SP n° 391.112; Graduado em Direito pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC); Pós-graduando em Ciências Criminais e Direito Tributário pela Faculdade Legale. Tem 32 anos e reside no município de Carapicuíba/SP. Watss App n°(11) 981685890.

sábado, 11 de maio de 2013

Zé da Bota


Falar da família sempre me causa profunda comoção, não sei quanto a você querido leitor, mas antes de nos perder  num deserto de melancolia, ou pior, nas profundezas de mar de tristeza deixarei a parte triste um pouco de lado e com os contos inusitados de papai o iluminarei a leitura. Comprometo agora ao desafio de fazer lhe arrepiar  o espinhaço, mas se não for possível, contentar-me-ei em apenas arrancar do seu rosto algum sorriso meu caro, pois  lembra-se  bem, como  poeta, no primeiro Capitulo, não consegui causa-lhe afeição, mas tentarei agora, por outros meios, estabelecer entre nós o mais potente laço de amizade e de dialogo coerente. Ainda na minha infância, papai reunia-nos a beira da fogueira todas as noites de domingo para contar lendas e historias algumas inusitadas e outras terríveis a ponde  de nos fazer perder o sono,  mas às vezes dedicava à noite para falar apenas de mamãe. Dos contos que partilhava conosco o que mais gostava era a lenda do Zé da Bota, não conhece? Pois vamos a ela... Bom, dizia papai que a cidade de era assombrada por trê espíritos, o primeiro era o famoso Zé da Bota, tal fama é tanto que não posso deixar de dar seu nome ao presente capitulo; o segundo é o não tão famoso Pedro Larica; já o terceiro a linda Mara Marcely que não chega a supera o Zé da Bota, mas chega perto em termo de fama. Segundo meu pai ambos eram pistoleiros e matadores de alugueis de grandes fazendeiros da região. Nosso conto se passa no final da década de setenta, quando uma jovem muito linda chamada Mara Marcely chega a Cidade arrasando os corações masculinos. Mara Marcely vinha do Rio de Janeiro para mora com sua tia Leila por determinação de seu pai, porém, não estava interesse em ficar. Leila era uma solteirona de quarenta anos, sozinha desde que o marido a trocou por uma vizinha, depois disto não quis mais saber de homens, encontrou nos braços de outras mulheres o que homem nenhum poderia te dar. Zé da Bota se apaixonou a primeira vista pela garota novata e não hesitou em ir dar as boas vindas logo que a viu, iniciando assim um vinculo de amizade. Naquele mesmo dia Mara Marcely recebeu um buque de flores, mas não de Zé da Bota e sim de Pedro Larica, sendo um grande amigo de sua tia Leila, acompanhado o buque vinha bilhete informando que àquela noite faria uma visita a Leila, como de costume, ficaria pra janta. O grande interesse de Pedro Larica era conhecer pessoalmente aquela que o povo tanto falava, sendo assim, a visita  aconteceu de fato àquela noite e, como já era esperado,  Pedro Larica se encantou pela jovem, mas ela não lhe deu a menor esperança. Zé da Bota passava todas as manhãs para conversar com Mara Marcely e com menos de uma semana começaram a namorar. Pedro Larica continuava a fazer suas visitas as duas, fazia proposta indesejadas a Mara Marcely que era em imediato rejeitada, porém, quando soube do seu namoro virou uma fera e jurou matar o inimigo! A lenda dizia que ambos eram muito temidos na cidade, mas quando se encontravam em algum bar, seresta ou jogo de futebol se respeitavam, mas Mara Marcely havia vindo para acabar com essa harmonia. O amor entre Zé da Bota e Mara Marcely começou a se tomar um rumo bonito, já que ele lhe fazia varia promessas, entre ela estava a de deixar de ser pistoleiro,  se  casar ela e se dedicar a fazenda que iria compra em ilhéu.  Em dois meses Mara Marcely nem pensava em voltar para o Rio de Janeiro, mas não era inocência, pois sabia do ódio  Pedro Larica. Esse ódio ficou expresso numa certa noite em que estavam voltando de uma missa, Leila, Mara Marcely  e Zé da Bota, quando foram abordados por Pedro Larica que empunhando uma arma dia que se  Mara Marcely não fosse dele não seria de mais ninguém. Zé da Bota sabia que ele não estava brincando, mas como estava desarmado no momento, então não pode fazer mais do que ouvir as ameaças do rival. No dia seguinte Zé da Bota foi com cinco comparsas armados até os dentes para tirar satisfação com Pedro Larica no Bar do Quebra Queixo, onde o rival sempre ficava. Ali iniciava uma Guerra, só nesse primeiro encontro de Zé da Bota com Pedro Larica as somas dos óbitos era a de sete, sem contar as dos outros, pois Zé da Bota sabia que não conseguiria ter um vida estável se não desse fim aquele que o atormentava. Vários moradores nem saiam mais de casa, morriam de medo que visse ficar no meio de um tiroteio. Mara Marcely era uma donzela dos olhos da cor do mar, cabelos dourados e da pele clara como mais branca nuvem, sendo assim, ela valia cada esforço feto por Zé da Bota. A guerra se manteve estática por um tempo, alguns afirmava que Pedro Larica havia se mudado para Ubatam, mesmo assim havia um temor por parte de Mara Marcely, mas pela insistência de Zé da Bota, acabaram se casando mais cedo que esperava. O casamento mobilizou um forte esquema de segurança, pois o risco de vira um campo de guerra era muito grande. Havia homens com escopeta na porta da igreja, outro com revolver na cintura entre os convidados e todos que entravam tinham que ser revistado. Zé da Bota pensava como um matador, sabendo das habilidades do inimigo, quanto pistoleiro, teria mais que se precaver. Era uma cerimonia muito linda, Mara Marcely entra ao lado de seu pai, a igreja  estava lotada, a noiva mais linda do que nunca num vestido branco de uma enorme cauda, seu olhar estava vidrado no altar onde o homem da sua vida a esperava. Zé da Bota comtemplava a chegada de sua amada, seu sorriso estava lhe varava o rosto, os olhos quase derramando em lagrimas e se segurando para não correr ao encontro daquela que tanto esperou. Mas como nem tudo acaba bem, devo agora finalizar o conto com a parte trágica da historia, pois sei que vocês já o esperam.  No altar a cerimonia de casamento entre Mara Marcely e Zé da Bota seguia muito bem, mas no momento que Mara ia dar o seu sim, foram todos surpreendidos com entrada de um cavalo na igreja, mas como foi recebido a tiros de escopeta não conseguiu chegar nem perto dos noivos.  Enquanto todos olhavam para o cavalo e se perguntavam o que havia acontecido es que surge no horizonte os capangas de Pedro Larica atirando nos segurança que distraídos com o cavalo não os viram chegar e acabaram morrendo. Vendo a correria e seu casamento ir pelos ares Zé da Bota saca sua armas, mas antes que pudesse dar o primeiro disparo veio até ti uma senhora empunhando uma garruncheira (arma antiga de único tiro) e se revelando ser Pedro Larica, que assistia a cerimônia desde o inicio disfarçado. Ao ver a cena Mara Marcely entra na frente do seu noivo e recebe por ele  o disparo vindo da arma de Pedro Larica, sendo único e suficiente para tira sua vida. Zé da Bota ajoelhado sobre o corpo do seu amor chorava como nunca chorou na vida, já Pedro Larica não teve força para continuar disparando contra o  inimigo ao perceber o que acabara de fazer. A guerra estava de vez declarada e não iam para antes de uma matar o outro, pois os motivos agora se resumiam em vingança de Mara Marcely, porém, ambos alegavam esse motivo. Dedicaram suas vidas para matar um ao outro e tal guerra perdurou por vários anos, varias pessoas morriam e outras desapareciam. A policia nada podia fazer, pois os dois mandavam na cidade, mas devido  união de parte dos capangas de Pedro Larica e de Zé da Bota, num plano minucioso, conseguiram sabota-los e fazer com que os dois se matasse num duelo histórico dentro do ginásio de esporte da cidade. Segundo papai, ouve-se a voz de Mara Marcely pelas ruas da Cidade todas as meias noite dizendo:


– Sim Zé... Sim Zé... Sim...


Não pense que acaba ai, ouvia-se também som de tiros e gritos vindo do cemitério da cidade, pois segundo os mais velhos, a guerra de Zé da Bota e Pedro Larica atravessou as fronteiras da vida e culminou numa eterna briga por um amor impossível. Papai amedrontava-nos com varias lendas que cercava nossa cidade, após apagar se a fogueira e todos irem a suas respectivas camas, Zé da Bota, Pedro Larica e, é claro, a donzela Mara Marcely, tomavam forma e viravam  personagens dos meus vários sonhos durante as madrugadas.



Só Queria Ir Embora

Só quero ir embora, Não quero mais ficar aqui... Acho que já passou nossa hora, Com ou sem sofrimento, o adeus há de vir. # Sim, só quero di...