Sabe quando focamos o horizonte que, mesmo com o por do sol mais lindo do mundo, nos trás intensas e agoniantes incertezas do que está por vir. A vida é um grande quebra-cabeça que, quando dedicamos cada segundo da nossa existência para montar e entender peça por peça, dois futuros são certos, o manicômio ou o presidio... O tempo passa e a vida muda, alguns evoluem e outros regridem, meninos se tornam homens e meninas se tornam mulheres, as responsabilidades que antigamente eram poucas, agora se estendem além da nossa compreensão, englobando outras pessoas além de nós, mas independente do que o futuro nos reserve, devemos sempre ser quem somos e jamais nos sucumbir as imposições dos alienados. As dificuldades da vida as vezes nos impõe certas mudanças de hábitos, o videogame é trocado por um chato e sem sentido de Direitos Humanos; os desenhos matutinos, tipo o Homem Aranha, são deixados de lados, pois seu horário é o mesmo que o das aulas; a sencion de skate, que antigamente eram todos os dias, agora limitam-se a raros finais de semanas, pois o trabalho, os estudos e o tempo com a família não mais deixa sobrar tempo. "Agora eu sei por que o Peter Pan não queria crescer"! Tudo que fazemos tem uma grande influencia no mundo exterior, um dos meios de descobrir é o fato de que há pessoas que não gostam de você por ser uma pessoa reclusa e quieta, porém, há outros lhe odeiam por falar demais. Não sei onde isso irá parar, mas o fato é que aqueles que têm hábitos reclusos e calados são vitimas do preconceitos e é sempre taxados de metido e arrogantes. Eu queria mudar tudo isso, já que somos perante a lei divina temos o livre arbítrio e perante a do homem, somos todos iguais, porém, apenas isso não basta, tenho que me vestir e agir como os outros também? Antigamente isso não existia, era tudo muito mais simples e não tinha que me importa com o que os outros pensam ao meu respeito, a forma como me visto, meu penteado, os brinco na orelha, a corrente no pescoço e, principalmente, minha postura no meio social não tinha tanta relevância a terceiros. Hoje a minha vida é como um grande Big Brother, sinto-me como se houvessem centenas de juízes com os seus olhos esbugalhados em minha direção, empunhando seus martelos, que erguidos, se mostram prontos para a qualquer momento condenarem-me por querer ser diferente dos demais no meio social onde vivo. Como eu queria ser criança de novo e poder tirar dos meus ombros esse peso que a cada dia aumenta mais e, principalmente, não mais ligar para esse quebra-cabeça complicado que vai acabar me mandando para o sanatório.
