Quando a saudade aperta não há obrigação ou distância que nos separe de quem amamos, pois sempre há como dar um jeitinho. No meu caso, largo tudo para ficar um pouquinho com meu filhote e matar parte da imensa saudade. É sempre um tormento ficar distante de quem amamos, porém, as vezes nos perdemos em meios aos diversos problemas e as grandes responsabilidades da vida e, cegos pela rotina, não nos atemos no quanto a ausência pode fazer diferença na vida destas pessoas. São obrigações que nos prende numa rotina, num fluxo social aonde dificilmente enxergar a prisão a qual nos encontramos. Quando menos percebemos, começamos viver como zumbis, sem alma, nem personalidade e, muito menos, autonomia de vontade, movido, apenas, pelo temor ou instintos das obrigações. Uma mera maquina orgânica... É aquele onde o homem trata a esposa e os filhos com extrema frieza e demonstrando certo desprezo, as vezes nem parece que está ali, pois à cada dia se tranca dentro de se mesmo, vivendo apenas por viver, agindo apenas por agir e sem o mínimo de motivação. Acredito que a família é a base de uma sociedade, pois se um pai não ensinar seu filho a ser um grande homem, transmitindo-lhes valores ético, educação e honestidade, não terá zelado nem pelo próprio futuro, quando velho , quem dirá do futuro da criança. Existe família que só se reúnem em época de enterro de algum ente, pois a maioria dos membros estão espalhados pelos Brasil ou pelo mundo (a minha é uma delas). Muitas vezes a distância somado à afetividade genética, acaba deixando a união familiar como algo a ser buscado, mas cada vez mais, impossível de ser encontrado. O fato de me por a frente do computador (celular ) numa tarde tão fria para digitar esse texto é exatamente para exteriorizar a minha saudade da pessoinha mais linda desse mundo e que tanto amo. As vezes perto, mas ao mesmo tempo tão longe, muito embora, o tempo seja algo administrável, lagarei tudo para podermos ficar juntos, mesmo que por pouco tempo, mas farei com que seja inesquecíveis.
