Só Queria Ir Embora

Só quero ir embora,

Não quero mais ficar aqui...

Acho que já passou nossa hora,

Com ou sem sofrimento, o adeus há de vir.

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Sim, só quero dizer Adeus,

Não olhar para trás...

Pôr nas malas os trecos que são meus

E nunca mais ver esse satanás.

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Pra que ficar,

Se ir é o melhor a se fazer.

Caçar em qualquer esquina um lugar,

Qualquer cando que haja paz pra viver.

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Só queria ir embora,

Viver em paz finalmente.

Longe de quem dizia ser minha senhora,

A minha vida finalmente seguirá em frente.

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Por Luiz Paulo Miranda

Qual Será Sequela?

No reflexo jaz o enigma sem propósito ou solução,

Um perfeito labirinto a se decifrar.

Um jogo sem vencedor, sem campeão,

Uma luta por dia, uma vida para levar. 

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Cada passo é um mistério,
Cada sombra, um novo olhar.
Busco luz, mas vivo em tom de cemitério,
Vendo, um por um, o dia e noite passar...

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E, como um dementador, o frio vem ao chegar,

Sim, entra pela porta e a felicidade sai pela janela.

Fruto de lar conturbado, veja onde fui me enfiar,

De depressão ou ansiedade, qual será a sequelas?

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Qual será a solução,

Só pensa em se separar...

Uma Adeus sem complicação,

Sem lágrimas pra enxugar.. 

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Por Luiz Paulo Miranda

Meu Momento

Eu fico aqui, olhando para a tela,

Tentando, em vão, me expressar.

E é sempre a mesma novela,

Mil palavras, sem saber onde encaixar.

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Eu me perco em mim mesmo, sem dimensão,

Tudo isso tentando me encontrar.

Acompanhado, mas sou eu pura solidão,

Um eterno enigma a se decifrar…

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Tantos “SIMs” que as vezes o “NÃO" é venerado,

Depois de anos, a concorrência fica para trás.

Já fui um tolo, cego e apaixonado,

Hoje conheço o roteiro e o resto a natureza faz.

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Aqui, munido de palavras, eu  tento rimar,

Sobre o que a boca não pode dizer.

Já cansei de tanto lutar,

Vou viver a vida e mandar tudo se foder.

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Por Luiz Paulo Miranda

Meu Vício

Oh vontade te ver,

Percorrer seus caminhos sem paradas.

Te sentir e na sua pele me perder,

E, após saborear o caminho, dentro de ti fazer morada.

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O enigma jaz em minha mão,

Posso me enganar ou até correr,

Um vicio, tudo leva em sua direção,

Lugar, pessoa e situação, sem é impossível viver.

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A felicidade tem seu nome,

Queria que fosse diferente.

Está aqui, mas do nada você some,

Levando contigo a fome, suor e a semente.

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Eu não li a cartilha com atenção,

Ou como um bobo fui enganado.

Hoje sou um poço de decepção,

Já que, pelo melhor prazer da vida, sou eu controlado.

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Luiz Paulo Miranda

A Existência do Amor

Eu me vi perdido,

E nos teus braços me encontrei.

Trazia no peito um coração partido,

Mas, com jeitinho, dos pés a cabeça, você me refez.

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Não sou um perito em sentimentos,

Mas vi tudo o que queria enxergar.

Era um poço de sofrimento,

Junto a ti encontrei meu lugar.

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O futuro a Deus pertence,

Estou grato por te ter.

Sozinho ninguém vence,

Mas eu seguro sua mão e nada pode nos deter

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Vamos ganhar o mundo
E, juntos, provar nosso valor.
Hoje somos mais que a dama e vagabundo,
A prava real da existência do amor.

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Luiz Paulo Miranda

Meu Cativeiro

Pensei em parar e sentar,

Quem sabe escrever um poema.

Dizer que não aguento mais esse lugar,

Dar adeus as pessoas, as santas, as vadias, a todos os problemas.

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Sim, as recaídas são constantes,

Mas o adeus não posso dar,

Pois a dependência é gigante.

Tenho as rédias, mas não escolho aonde marchar.

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Seu prazer é minha perdição,

Você é viciante, desde a qualidades aos defeitos.

Entre suas pernas jaz minha perdição, 

O cativeiro  cruel tão viciante e  perfeito.

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Mas vou sentar e fazer meu poema,

Os versos com a mais pura inspiração.

Tentar me livrar dos amores e dos esquemas,

E deixar que o vento me leve em sua direção.

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Por Luiz Paulo Miranda

Escrever

Me inquieto ao anoitecer,

Como semente na terra palavras vão brotando.

Ao poucos vejo o verso nascer,

E, de rima a rima, o poema vai se formando

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Então, o que dizer, o que escrever?

Somos um acúmulo de imperfeição.

Aquilo que vive por viver,

De tudo que é imperfeito, a pura personificação.

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Então, eu digo foda-se a tudo,
Foda-se ele, nós, eu e até você.
Foda-se se acha ser isso tudo um absurdo,
É só bloquear e ir logo se fuder.

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Um dia tudo acaba, com ou sem motivo pra acabar,
Se no final tudo vai pro beleléu,
Então pra que chorar, sofre ou rimar?
Pra que viver de manchas no papel,
Se só os idiotas se metem a amar...
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Luiz Paulo Miranda

Minha Solidão

A preciso a beleza da solidão,

Sim, como um amigo inconstante,

No meu canto, penso, choro, crio verso e faço até canção,

Sou uma melhor versão quando de todos estou distante.

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Jaz 35 de estrada e varias cicatrizes na alma,

Muita Belas, ao final, tornam-se fera.

Mas o que seria de nós sem os traumas,

Continuamos seguindo, independente do que nós espera.

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As vezes tomam-me a mente,

Os desejos mais ardilosos e sóbrios.

Sim, pois a indiferença age como uma semente,

Se não cuidar, nos tornamos cada vez mais frio.

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Já derramei lágrimas por quem nunca mereceu,

Na outra face havia orgulho e satisfação.

Porém, só entende o jogo aquele que já perdeu,

Depois de um tempo torna-se fácil remontar o coração.

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Por isso, apreciamos a solidão,

Os desejos carnais e a sociedade monogâmica nos ilude,

Se não entender vira um refém do coração,

Pois, independente do prazer, o vício jamais se torna virtude.

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Luiz Paulo Miranda

Amor ou Ficção

Sem essa coisa de "metade da laranja",

O lance da "tampa da panela é invenção".

Vem com nós que a gente manja,

Sim, dos paranauê que envolve o coração.

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À primeira vista? Porra nenhuma,

O amor começa na primeira sentada.

Quando encaixa bonito, sem curva alguma,

Tipo peça rara, feita sob medida e entalhada.

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Sim quando há tanto leite quanto ela deseja,

Ou quando nós chupam como se não houvesse amanhã.

Sim, quando se entrega sem medo, sem cara de igreja,

Pois o gosto da vida é melhor sem afã.

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Por isso, volto a dizer, amor é ficção,

Com início, meio e fim.

O roteiro de uma boa série de ilusão,

Algo quero bem longe de mim.

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Diferente, por outro lado, é a paixão,

Tudo em prol do prazer e do fogo ardente.

Sem promessas, sem previsão,

Só desejo queimando intensamente.

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Por Luiz Paulo Miranda

Meu Bombom

Seu corpo é a mais pura perfeição, 

Me transborda o desejos só de olhar,

Você e eu, um pecado sem dimensão,

Es tú a musa que não paro de pensar.

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Eis aqui os versos meus, 

Dedicado de todo coração,

Agora são inteiramente seus,

Minha eterna fonte de inspiração.

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Sua bunda e esse corpo perfeito,

No meu colo seria o melhor lugar.

Preta, sou gamado nesses seus peitos,

Daria tudo pra dos pé a cabeça poder te dominar.

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Cacau, o mais puro chocolate me remete a minha Deusa,

O bombom que sou louco pra saborear.

Eu sou fascinado na sua beleza,

Uma paixão que o tempo não há de apagar.

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Luiz Paulo Miranda 

As Feces do Amor

As histórias são contadas,

Já os amores são vividos,

Sim, existe os de contos de fadas,

E aqueles que se acabam ao deixarem de ser escondidos.

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Têm amores que são como drogas viciantes,

Tão logo precisamos de ajuda para serem superados.

Sim, aqueles que nascem de maneira empolgante,

Mas, no fim, perante o terapeuta tú acabas sentado.

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Tem amores de novela,

Mas os de fins de semana são mais engraçados.

Há aqueles que passamos o dia todo pensando nela,

E voltamos sempre ao mesmo lugar só pra ter o "oi" ignorado.

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Só no platônico encontramos perfeição,

Tão perfeito que só dá pra imaginar,

Assim nos ensinou o velho Platão,

É falho e fadado ao insucesso, se do imaginário ousarmos tirar.

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O amor é mais que bem querer,

Isso aprendi com o melhor e tento passar a frente,

Pois o amor é o fogo que arde sem se ver,

O amor é aquilo que toma corpo, alma e mente.

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Luiz Paulo Miranda

Adeus 2024

Eu procurei palavras para descrever o ano que termina no meu tradicional texto de fim de ano. Não sei se por falta de criatividade ou por mera preguiça mesmo, mas nem consegui começar na virada como sempre. E agora, já no quinto dia util do novo ano, eu tento rascunhar algo, talvez movido por uma superstição besta. Dito isso, vamos ao texto, o qual inicio com a palavra que resume esse ano que é "CANSAÇO", tanto físico quanto mental. Digamos que, por menos, pessoas param numa cadeira terapêutica, quiçá manicômio e até  me prisões. E, sem me valer da força da expressão, só Deus sabe como eu queria ter torcido alguns pescoços esse ano. Dito isso, eu sempre fui um entusiasta dos estudos sobre Emile Durkheim e da sua teoria do fato social. Ser alheio aos casos apresentados a mim era minha vantagem, eu dizia a me mesmo e aos mais próximos: "é apenas o ser humano sendo ele mesmo, fazendo o que sempre faz". Aí você me fala, mais um alemão que fala um monte loucura e esse neguinho besta fica viajando. No entanto se engana meu caro amigo,  Durkheim é francês e eu meio que viajo mesmo, FODA-SE... Fato é que não foi um ano fácil, minha personalidade fria e calculista aos poucos foi sucumbindo à situações meramente sociais, isto é, fatos fúteis e sem qualquer importância que não deveriam. Quando algo assim acontece, isso pode afetar seu julgamento. Em outras palavras eu me deixei envolver e nenhum jogador é temido se não tiver um bom blefe, mas o foda é quando o adversário divide o mesmo teto. Esses dias eu li um comentário em vídeo do Instagram que dizia: "eu entendo o goleiro Bruno". Eu meio que não me importava muito, já que pra mim, como disse acima,  era o ser humano sendo ele mesmo e fazendo o que sempre faz, mas hoje, sem adentrar nos pormenores criminológicos, eu meio que entendo também. Um ato em meio a um pico de ódio pode ser um caminho sem volta... Sim, eu já vi tanto casos de Maria da Penha a ponto de afirmar que mais vantajoso é ao indivíduo dar com a cara na parede antes da chegada da polícia a fim de provar uma agressão recíproca, do que insistir naquele velho discurso "ela provocou". Irmão, essas "porras" sempre provocam...

Mas sem fugir do assunto, que anos hein... meu time quase saiu zerado de novo, continuo na média de três viagens legais por ano, o faturamento da empresa segue na média, mas nada que me enriqueça, eu continuo fugindo do leão e os boletos não param nunca, mas vamos bora.

Sim, porque levantar e recomeçar sempre foi o meu maior ponto forte, já foram tantas vezes que os dedos das mãos são insuficientes para contar. Então em 2024 eu não me abalei quando me chamaram de amigo e depois me viraram as costa, pois eu sei que amizade, assim como qualquer outro tipo de relação, também tem sua validade. Também não me surpreendi com os "não" que a vida me deu e as portas que o tempo fechou em minha face, como diria Mufasa: é o ciclo da vida. Eu só queria mesmo é um 2025 mais tranquilo, mais acadêmico, um pouco mais fitnes, sem desejos homicidas, sem querer sumir e, se Deus quiser, eu continue gastando mais dinheiro com viagem e gastronomia e menos com terapia.

Então é isso e não tem o que inventar, vou pegar a caneta e, no ritmo do ano novo, irei rimar. O mundo tá sinistro e não vamos desistir. Sozinho ou acompanhado o meu sonho eu vou seguir. 

Vamos que vamos, que seja um ano abençoado e cheio de paz pra todos nós, que Deus nos dê forças, paz e saúde para conseguimos superar os desafios do dia a dia.

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Por Luiz Paulo Miranda