A preciso a beleza da solidão,
Sim, como um amigo inconstante,
No meu canto, penso, choro, crio verso e faço até canção,
Sou uma melhor versão quando de todos estou distante.
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Jaz 35 de estrada e varias cicatrizes na alma,
Muita Belas, ao final, tornam-se fera.
Mas o que seria de nós sem os traumas,
Continuamos seguindo, independente do que nós espera.
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As vezes tomam-me a mente,
Os desejos mais ardilosos e sóbrios.
Sim, pois a indiferença age como uma semente,
Se não cuidar, nos tornamos cada vez mais frio.
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Já derramei lágrimas por quem nunca mereceu,
Na outra face havia orgulho e satisfação.
Porém, só entende o jogo aquele que já perdeu,
Depois de um tempo torna-se fácil remontar o coração.
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Por isso, apreciamos a solidão,
Os desejos carnais e a sociedade monogâmica nos ilude,
Se não entender vira um refém do coração,
Pois, independente do prazer, o vício jamais se torna virtude.
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Luiz Paulo Miranda
