O natal na minha infância
sempre foi à data mais esperada do ano, não por causa da magia do natal ou
chegada do papai Noel, muito menos pela reunião familiar, pois aqui em casa
isso sempre foi raro. O fim de ano era marcado pela expectativa de comprar
roupas novas para passar o natal. Eu esperava o ano inteiro para que minha mãe
e minhas irmãs mais velhas me levarem a loja pra compra o tão esperado traje de
natal. Era um feriado como outro qualquer, mas por que será então que eu tinha
que está de trajes novos. Pior é que isso ocorria com todos os meninos da minha
rua, a única diferença é que muito deles ganhavam roupas o ano inteiro, algo
que pra mim só acontecia em caso de extrema urgência, como por exemplo, se
minha cueca da sorte se rasgasse. Tratava-se de uma sensação incrível sair
desfilando na noite de natal com minha roupinha nova desejando aos vizinhos um
feliz natal. O fato é que dês de muito pequenos somos influenciados pelos
outros, mesmo nas coisas mais simples. Não que eu não goste do Natal, muito
pelo contrário, fico encantado ao ver uma família unida festejando o natal, mas
ao mesmo tempo recordo-me que nunca tivemos isso aqui em casa e que a minha
família está espalhada pelo Brasil, alguns perdidos dentro de se mesmo e outros
insistindo nos erros da juventude. Os parentes que estão próximos não ligam
mais isso, já acostumaram a trancarem-se em seus mundinhos, o pior é que
aprendi a ser assim também. Mediante à isso, com muita saudade e um aperto no
coração reflito em como seria bom ter alguém que me comprasse roupas para essa
data tão importante, pois eu mesmo não ligo mais pra isso.
Quem sou eu

- Crônicas de Luiz Paulo Miranda
- Carapicuiba , são paulo, Brazil
- Advogado inscrito OAB/SP n° 391.112; Graduado em Direito pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC); Pós-graduando em Ciências Criminais e Direito Tributário pela Faculdade Legale. Tem 32 anos e reside no município de Carapicuíba/SP. Watss App n°(11) 981685890.
sexta-feira, 29 de março de 2013
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