Um Role Pela Web

Hoje curto tudo e não público nada, aprecio as fotos mais feias, comento as sem graça tipo a dos funck infantis nas entradas das favelas e, como um perfeito sem noção,  ignoro as mais belas... Construo por entre as páginas da web um caminho sinuoso de informações, dados e mais dados lotam-me até o pescoço e, pouco a pouco, vai fazendo de mim um completo preguiçoso. Numa tarde de navegação, sem nenhuma direção, busco algo interessante pra prender minha valiosa atenção...  Embora tenha dormido tanto, em frente à claridade do monitor, me sinto cansado, mas sem pregar os olhos, pelas besteiras da rede sou hipnotizado. Os olhos vidrado, corpo estatizado, é como se o tempo, para mim, ali tivesse parado... Não importa o futuro, presente ou passado, pois a pior prisão é aquela que, em meio à ignorância, nos vemos amparados. Pesquisar, assistir,  conversar, ler e, os longos textos escrever, mas perco a vontade de digitar  e vejo a lógica acabar quando no facebook resolvo entra. Viajo na maionese e nem todas palavras do mundo pode explicar, um vem e vai de informação que, além do tempo que ali você desperdiça, deixa ainda mais lá no alto a minha preguiça. Notbook no colo e os olhos na tela, o tempo que havia parado, agora passou à trabalhar multiplamente acelerado, mas em meio a isso, no meu canto, contínuo  estatizado. As horas voam, fico mais velho, mais pobre e abro mão de um bem supremo, privacidade... tudo por uma falsa felicidade e, pra dizer que sou o tal, fuçar a vida dos vizinho e de algumas celebridades... Horas perdidas, daquelas que vem e vai,  que, mal aproveitadas, não adianta correr atrás, pois tempo perdido, não voltam nunca mais. Várias vidas se acabam na web e, por mais que fucem e pesquise, ninguém percebe. Na alegria ou na tristeza, acredito que o contato físico será sempre nossa maior riqueza. Uns são puros dramas, já outros a própria vitrine da felicidade ou, para os mais espertos, de falsidade,  porém, é natural encontrar tudo isso qualquer rede social...