Eu vejo tudo e ninguém me ver.
Curto alguns momentos sozinho,
Já outros sigo tentando entender.
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Oh vida, onde foi que eu vim parar,
Parece que acabei por me perder,
E, sem ideia do que está por acontecer,
Fico aqui tentando me encontrar.
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Olha eu aqui outra vez,
Aqui, onde olho algum pode enxergar.
Pensando no que destino me fez,
Refletindo a vida, falando sozinho e tentando rimar.
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Sim, pois és tú o enigma a se decifrar,
És tu o desejo que não tem fim.
Diante de ti o "não" sempre vira um "sim",
É onde a fera indomável se deixa acorrentar.
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Como gritos advindos do além,
São os sentimentos deixados para traz,
Pois a eles eu temo dizer amém,
Já que o amor sempre teima a vir atrás.
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Jaz aqui o enigma que tento a solução sozinho,
A cada resposta uma pergunta há de nascer.
Por isso, trancado em meu mundinho,
Essa porra de vida, vou tentando entender.
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Por Luiz Paulo Miranda