Hoje é um daqueles dias em que chego da
faculdade morrendo de cansaço, com sono e, por ser minha folga, cheio de a fazeres,
mas a primeira coisa que penso em fazer é entra na Internet para escrever algo,
no entanto, não pode ser qualquer coisa, pois se trata da minha centésima
publicação no Blog, assim optei por escrever um pouco sobre a felicidade, algo
tão real e concreto, mas às vezes, tão ilusório e distante. A felicidade é o
objeto de uma busca interminável, pois ninguém nunca a consegue por completo e
sempre quer mais, em outras palavras, às vezes é o motivo que nos mantem firme
na luta, ou seja, a realização do sonho. Será? Mas o que dizer do feio que
choram ao se olharem no espelho todas as manhãs, imaginando-se excluído desse
rol das pessoas felizes; das verdades cruéis ditas pela balança ao gordinho que
sonha emagrecer, ou pior, o pobre que descobrem que por mais que lute e
trabalhe bastante, enquanto o sistema for corrupto, será sempre um numero e as oportunidades de
crescimento pra ti serão mínimas. É ai que esta, século XII, famílias divididas
pelo egoísmo, falta união e banalização do amor, ou seja, pessoas vivem sob o
mesmo teto, mas que criaram diferentes conceitos de felicidade, cada qual em
seu mundo. Fazer o que se foi o mundo os ensinou assim, essas são as perversidades
de um capitalismo cruel que vive nos pondo uns contra os outros, lançando sobre
nos a maldição do individualismo fazendo com que pensamos cem vezes em nós
mesmo antes de lembrar-se do próximo, e eu lhe pergunto: o que é felicidade num
mundo desse? Como ser feliz num mundo onde os semelhantes prejulgam-se como adversário
mesmo antes de se conhecerem e vivem numa disputa que nem mesmo sabem ao certo
qual o objeto de tudo... “Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas
batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus
a cada minuto pelo milagre da vida” (Fernando Pessoa). O que seria de nós se
não houvesse palavras bonitas? Palavras essas que tem força de nos trazer de volta
a realidade quando nos vemos perdidos, palavras que nos ajuda a arrumar uma saída
quando as portas estão fechadas e o destino parece nos incerto, faz renascer
nossa fé no ser humano quando essa, não mais se faz presente. Vida é a uma
loucura sem sentido, pois passamos grande parte dela sonhando com super-herói e
contos de fadas, mas numa bela manhã acordamos e percebemos que isso tudo se
acabou e, infelizmente, agora somos sujeitos de direitos e deveres na ordem civil.
Agora as regras do jogo da vida sobre cai em nossas ações, ações essa que devem
sempre está em conformidade com o contrato, pois é, há um imenso contrato entre
você e o Estado (Rousseau). E ai de você se descumprir alguma clausula(lei)! Talvez
não sejamos diferentes do gordinho que sonha emagrecer, do feio que anseia
acordar mais bonito e do pobre que sonha em se tornar rico. Infelizmente, às
vezes os sonhos e o anseio por felicidade se mostram inferior e quase minúsculo
em face da coleira à nos imposta pelo Estado, coleira essa que só nos deixa ir
aonde eles quiserem e como quiserem, fazendo dos nossos sonhos miragens no meio
do deserto...
Luiz Paulo Miranda
cel: (11) 953537834