Luiz Paulo Miranda
Essa
historia é sobre três maninhos que trampavam num lava-rapido chamado Samuka,
que se situava em sua quebrada vizinha. Vivam a zuar uns com os outros durante as horas
de trampo pesado, eram eles o Mano-Zeca e
os irmãos, Mano-PoW e o Mano-Niel. Não
havia tempo ruim pra essa molecada, tá ligado? Pois a curtição e a empolgação para com o
serviço fazia parte de suas rotinas e quebrava aquele estresse de trabalhar de
domingo a domingo.
Certa
vez o Mano-Pow ficou sabendo de um filme que iria estrear chamado Velocidade da
Madruga 4. Ambos os três eram fãs do filme e quando o Mano-Pow falou a respeito
de tal lançamento combinaram em imediato a ida ao cinema. Nossos maninhos
pareciam estar empolgados pra assistir aquele filme, pois no serviço não havia
outro assunto. O role era num sábado após o serviço, no citado dia estava um
sol forte e dia de sol forte se lava muitos carros, sendo assim meus amigos
trabalharam iguais á uns condenados. Como havia dito ele trabalharam bastante e
foram almoçar muito tarde e na volta tiveram uma surpresa um tanto quanto
revoltante, pois o Mano-Zeca dizia que não mais poderia ir, pois sairia com a
Déb, sua namorada. Mano-Zeca era o mais empolgado e nenhum dos outros entendiam
o que havia ocorrido com o amigo, mas quando souberam o que motivou tal
desistência ficaram abismados. O Mano-Zeca
dizia que havia marcado um role marcado sua mina e por isso não poderia
acompanha-los aquela data. A partir daquele momento haviam arrumado outro
assunto paralelo ao do role, a submissão do amigo às ordens da namorada se
tornou motivos gozação o restante do dia. O Mano-PoW, dono de uma bondade
incomparável, resolveu mudar a data em beneficio de seu parceiro, pois como o
filme estava estreando, ele deu a ideia pra que focem no dia seguinte, pois se
tratando de um domingo não teria tanta gentes, sendo assim, combinaram tudo pro
domingo, a piora mancada que ele deu.
O
domingo era folga do Mano-Zeca, mas mesmo assim deu uma passada no lava rápido pra
confirma que aquele era o dia e eles podiam ficar sossegados e que às vinte
horas ele estaria no ponto esperando pelos dois. Sendo assim, naquele dia 6 de abril de 2009, o Mano-PoW e o Mano-Niel,
chegaram do serviço, prepararam-se e as vinte horas estavam no ponto de ônibus
a espera do Mano-Zeca, que havia dito que ria espera-los. Então uma hora se
passou do horário combinado e nada do
amigo chegar, mas o pior foi o castigo da garoa e duma balada que chamada
Qua’life situada próximo ao ponto de ônibus em que estavam. Agora imaginamos
junto, garoa mais um som de funck, que ambos odiavam, é igual a escolhas mal
feitas ou mal pensadas. Foi assim que o Manos PoW e seu irmão resolveram tomar
o caminho da roça e deixar o Mano-Zeca pra traz.
A
verdade era que nenhum dos dois manjava andar de buzão e era a primeira vez que
iam ao cinema, mas o Mano-Zeca já conhecia o caminho e por isso sua presença
era tão esperada. Pelo que se sabia o nome do buzão que teria que pegar era o
Trevo de Alpha e que tinha seu ponto final no Ana Brígida, nomes que fazia um
confusão danada nas cabeças dos moleques. Em meio aquele som horrível e aquela
garoa gelada o Mano-Pow avista buzão escrito Alpha passa no sentido contrario
ao que estavam. Nesse momento fez um breve consulta a sua mente chegando à
conclusão de que mais fácil eles que não sabia andar de buzão errarem o ponto
do que o motorista errar o caminho. Sendo assim os dois correram, o Mano- Pow
gritava para que o seu irmão também corresse, pois aquele era seu ônibus, o
vento gelado zumbia aos seus ouvidos e a gostas minúscula da garoa pinicavam
suas peles, mas mesmo assim eles não pararam de correr. O motorista ao ver em
seu retrovisor aquela duas figuras atravessando no meio da balada correndo,
acenando e gritando parou em imediato para que embarcassem.
Dentro
do buzão os irmão morrendo de raiva do amigo, xingava-o de todo nome feio que
lembravam e prometiam nunca mais combinar nada com ele. De repente embarca um pessoal que pareciam estarem vindo
de algum culto religioso e o tempo de paz que ainda tinham acabava naquele
exato momento. De fato eles estavam alegres, isso não dar pra negar, ainda mais
que era expresso na fisionomia e nas gargalhadas do Mano-Negão que estava numa maior alopração de uma magricela que
se parecia muito com a mulher do Pompie. O Mano-Negão era dono de uma rizada demoníaca
que fazia todos ali querer sair correndo e sem contar que a Olivia Palito além
de rir cantava também. O Mano-Pow estava si segurando de raiva da rizada do
homem, mas a raiva só piorou quando viram que o caminho que o buzão seguia era
muito estranho. Ao indagar o cobrado descobrem que o buzão era o certo, mas que
o caminho era o errado, sendo assim eles deveriam ter pego o buzão naquele
ponto em que estava primeiro. O rumo que seguiam era totalmente desconhecido, o
Mano-PoW queria descer e pegar o buzão voltando e ir para o lugar certo, mas o Mano-Niel
o alertou de que o lugar era muito sinistro e que eles podiam ser assaltado ou
coisa pior, então movidos pelo medo decidiram permanecer no buzão. Dá um role
de buzão não estava nos planos, por que, mas onde estavam era a melhor coisa a
fazer, pois era melhor pagar outra passagem de volta do que ser assaltado
naquele lugar horrível. Mas quando tomaram tal decisão não sabiam que o buzão
iria parar do nada devido um acidente um acidente envolvendo outro buzão, mas
não foi só isso não, pois assim que o buzão parou o coral se formou e começou a
cantar. O Mano-Negão e a Olivia Palito pareciam o dueto do Hight Soocol Music,
mas o pior é que eles não cantavam mal, mas na circunstância em que os irmãos
se encontravam pareciam um bando de maritacas a berrar. O Mano-PoW e Mano-Niel
estavam a ponto de cometer um homicídio duplamente qualificado, fazendo assim,
a Olivia e seu Negão cantarem juntos no coral de verdade lá no céu que é a cara
deles, em outras palavras, os irmãos estavam quase saindo correndo doidos. O
Mano-Negão fazia careta e subia nos ferros do buzão e o cobrador não falava
nada, apenas ouvia-se as gargalhadas da Olivia Palito, ela ria como se foce a coisa mas engraçada do mundo. Depois de
meia hora parado o buzão volta a andar e logo depois o Mano-Negão, a Olivia
Palito e todo o coral desembarcam, trazendo a paz novamente aquele local. Mano-Pow
não via hora sair daquele buzão, pois sua paciência estava se esgotando. Depois
do atraso eles conseguem chegar ao ponto final que não era o destino primário,
mas que passou a ser depois que se viram no erro. Foram praticamente expulsos
do buzão, pois segundo o cobrador deveriam descer, pois aquele iria para a
garagem e logo viria outro. Mano-PoW estava chateado por ter ido para o lugar
errado, mas ao mesmo tempo ficava feliz por nunca mas ter que olhar para a cara
daquelas duas criatura, pois agora era só espera o buzão certo e que vá na direção
certa. Para a felicidade dos dois a
garoa que os encodou em outrora já havia passado, porém, o Mano-Niel estava
morrendo de medo, pois enfrente ao ponto onde estavam ficava a entrada de uma
favela, movido por tal temor indagou ao irmão se ainda queria ir ao cinema?
Mano-PoW em imediato dizendo-lhe que só voltaria para casa se assistir aquele
filme! Mais uma burrice de sua parte!
Há
todo momento passavam pessoas encarando os dois e os medindo de cima a baixo,
fazendo o coração de ambos quase sair pela boca. Quando já achava que iriam
sofrer um assalto foram tomados por uma imensa alegria ao ver um buzão vindo em
suas direções, trazendo na sua parte superior a seguinte frase: Trevo Alpha. Não
teve outra, na hora pularam de alegria e o alivio de saber que não seriam mais
roubados e assim embaraçaram no novo buzão e seguiram para o verdadeiro caminho.
Mano-Niel dizia a todo o momento em desistir, mas o Mano-PoW o motivava dizendo que já estavam ali e não podiam
voltar para casa sem ver o filme. Sendo assim seguiram o rumo no buzão quase
vazio, já se aproximava das vinte e duas horas e trinta minutos, como nunca
haviam estado em um cinema antes não contavam com noção de horário de funcionamento.
Dessa
vez não esbarrou com nenhum casal metido a cantores e nem com nenhuma garoa, mas
o que estava por vim era pior que tudo isso e marcaria para sempre a vida
daqueles garotos. Ficou um em cada janela do buzão olhando aquela paisagem horrível,
passaram pela balada e o ponto onde combinaram o encontro e viram a sua casa.
Mano-Niel só desistiu de descer depois que realmente viu que haviam conseguido
pegar o buzão correto.
As vinte e três horas chegaram ao Shopping
Center, agora os dois só tinham que encontra o cinema. Depois de algumas voltas
no perímetro os dois guerreiros decidem perguntar a um segurança, que o
direciona-os até o cinema. Eles seguem olhando vitrines e conversando sobre
aquele Domingo Muito Louco, mas ao olharem para traz percebem que não caminham
a sós e que o segurança maluco os segue. Ao perceber tal constrangimento ambos
para igual estatua e o segurança passa batido e sem graça por eles, então
voltam a andar, mas dessa vez imitando os passos e o jeito de andar daquele que
os seguia. O segurança andava todo empinadinho, como se tampasse a respiração;
fazia uma fisionomia de folgado, como se houvesse chupado limão e olhava para
traz, como se alguém o seguisse. Logo o segurança entra por uma porta de uma
salinha e não mais o viram, porém, outra vez estavam perdidos e precisaram pedir
informações, mas dessa vez foram espertos e perguntaram para um cliente. O
cliente indagado foi mais especifico que o segurança e logo eles encontraram o
Cinema. Ao enxergar de longe encheram os peitos de orgulho, caminham com ego lá
encima, em suas mente se passava a musica Vida
Louca da Banda Racionais MCs e tudo ao redor parecia se passar em câmara
lenta. Agora era só assistir o filme e no dia seguinte esfregar o ingresso na
cara do amigo que lhes deu um cano. Dirigiram-se ao caixa para compra os ingressos
e foram surpreendidos com a desagradável noticia que a ultima sessão do dia
tinha sido exatamente o mesmo horário que eles marcaram de se encontra no ponto
de ônibus. Ficaram revoltados, xingaram o Mano-Zeca de todos os nomes feio que
conseguiam lembrar, mas no fundo sabiam que o ocorrido não tinha muita relação
com o amigo. Não quiseram saber de comer lanche e nem qualquer outro meio de
diversão que o Shopping poderia lhes oferecer naquele horário, pois só havia
algo que poderia acalma-lo que era o conforto de seus lares. Mal sabiam ele que
aquilo ainda não havia terminado e que aquela data ainda teria mais fatos que a
tornaria inesquecível.
Sendo
assim, com a visível expressão de tristeza, olhando pra frente e calados,
nossos maninhos atravessam o shopping em direção ao ponto de ônibus para irem
para casa, já se passava das vinte e três horas e trinta minutos, mas nossos
amigos não sabia que poderia não mais encontra ônibus.
Eles
então chegam ao ponto de ônibus e aguardam ansiosos para sumir daquele local,
mas a demora era angustiante e os desesperam e continuam e ai continuam a
xingar o amigo, que deveria esta em casa com sua orelha pegando fogo. No ponto
havia um rapas que se parecia muito com um Ramister, o Mano-Pow sem conhecê-lo,
mas movido por seu desespero e a angustia de chegar em casa perguntou ao Mano-Ramister
se ainda havia ônibus para Caracas aquele horario. O Mano-Ramister usava óculos
fundos de garrafa, tinha um dente bem avantajado e um cabelo Black, apesar de
ser branco. Ele ergueu a cabeça meio olhando para o lado contrario e disse que
também estava indo pra Caracas e que tinha que ter, se não ele estava ferrado. Começaram a conversa e contar um pouco sobre a loucura que haviam vivido
aquele dia, Mano-Ramister fico impressionado com historia e falou um pouco
sobre o seu serviço num restaurante do shopping. Quando deram por se já se aproximava da meia noite, foi quando o Mano-Ramiste
olha para os irmãos diz que acreditava que não viria mais buzão algum e se tratando de um domingo os ônibus paravam
sedo. A caminhada era meio longa, sem contar o risco de um assalto, mesmo assim
lá foram os três caminhando e conversando. Foi quando ao atravessarem a ponte
que liga Alpha há Caracas, Mano-Pow olha para traz e ver o buzão em alta
velocidade vir em sua direção. Eles começaram gritando e acenando para que o
motorista pare, pois estavam muito longe do ponto de parada, mesmo assim
conseguem fazer com que pare. Aquela noite
parecia que não queria passar, mas embora não tenha sido do jeito que
imaginavam, mas servil para unir mais os irmão e fazer uma nova amizade, embora
não tenham mais visto o Mano-Ramister. Quanto ao Mano-Zeca, continuaram grandes
amigos e riram bastante dos fatos ocorridos naquela noite, pois pra que servem
os amigos se não para perdoarem uns aos outros, mas os três nunca mais
combinaram de ir ao cinema juntos.