Eu fico aqui, olhando para a tela,
Tentando, em vão, me expressar.
E é sempre a mesma novela,
Mil palavras, sem saber onde encaixar.
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Eu me perco em mim mesmo, sem dimensão,
Tudo isso tentando me encontrar.
Acompanhado, mas sou eu pura solidão,
Um eterno enigma a se decifrar…
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Tantos “SIMs” que as vezes o “NÃO" é venerado,
Depois de anos, a concorrência fica para trás.
Já fui um tolo, cego e apaixonado,
Hoje conheço o roteiro e o resto a natureza faz.
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Aqui, munido de palavras, eu tento rimar,
Sobre o que a boca não pode dizer.
Já cansei de tanto lutar,
Vou viver a vida e mandar tudo se foder.
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Por Luiz Paulo Miranda