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Carapicuiba , são paulo, Brazil
Advogado inscrito OAB/SP n° 391.112; Graduado em Direito pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC); Pós-graduando em Ciências Criminais e Direito Tributário pela Faculdade Legale. Tem 32 anos e reside no município de Carapicuíba/SP. Watss App n°(11) 981685890.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Minha Vizinha

Do outro lado da rua jaz tudo que desejo,

A mulher que tanto me atrai,

Ali jaz a dona do melhor dos beijos,

Lá está a Deusa que dá minha mente não sai.

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Como queria te amar,

Roubar você pra mim.

Queria ao seu lado achar o meu lugar

E nesse enigma por um fim.


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Do outro lado da rua está minha rainha,

Meu desejo dos tempos de estudante.

Aquela que quero que seja só minha,

Pois és minha deusa, minha eterna ficante.


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Suas pernas são o caminho,

O destino, entre elas, é meu paraíso.

Minha língua segue em busca do sininho,

E, ao som do seus gemidos, eu perco o juízo.


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Incontrolavelmente, meus olhos mira sua direção, 

Embora tente, não consigo controlar.

Tens o dom de acelerar-me o coração,

És tú, a vizinha por quem eu fui me apaixonar.

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Luiz Paulo Miranda

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Dia 20 de Novembro

Como alguém que sempre foi tratado como um igual irá entender ou poder julgar aqueles que lutam por igualdade? Sim, vai desde um segurança te seguindo no supermercado a uma entrevista emprego e os olhares atravessados daqueles que deviam te apoiar. Tem a ver com a porta giratória que passam os branquelos, mas que trava para o neguinho e por aí vai... Quem é você para enteder isso? Experimenta pintar essa cara parda de preto e sair por aí, tenta olhar os fatos  do lado mais escuro da vida? Essa luta não é social, não mesmo, não enquanto um negro que alçar vôos grandes for tratado como exceção na cadeia alimentar social e for considerado um escravo alforriado. Não enquanto existirem olhares de desconfiança, não enquanto as minha roupas, meu cabelo, meu jeito de andar ou o lugar de onde venho falarem mais que minhas atitudes. Não enquanto o ponto de partida não for o mesmo para todos sempre, independente da cor da pele. Então não julgue, não pense que a consciência negra seja mais um daqueles feriados esquerdista visando o grito de uma minoria, pois não somos minoria. O que mais me chama a atenção é o ar de incômodo de alguns que ousam falar que é algo desnecessário e que o negócio hoje é mais social que "racial". Aí convido esses manos a visitarem todos os ambientes sociais para poder entender que um "negão" sempre será o "negão" independente se no condomínio ou na favela, o que não podemos dizer o mesmo do "brancão". Aliás, alguém já viu algum branco ser chamado de "brancão" ou, melhor que isso, já viram uma mulher branca ser chamada de mula? Sim, olha para esses caras, olha a cor da pele desses deles, olha da onde eles vêm, olha o tanto de privilégios que tiveram. É fácil dizer o que dizem... Claro né, o irmão privilegiado sempre vai dizer que o pai foi justo em seus atos, independente do que tenha feito. Pois é meu irmão, como diz os Racionais MC, difícil estar dois passos a frente se desde de 1888 você começa cem passos atrás... Nós temos que provar dia após dia que somo diferente, que fazemos a diferença e que não vai ter sorriso e olhares de aprovação. Somos nós contra o mundo e contra a burocracia do destino. Em outras palavras, o chicote é sempre mais belo na perspectiva daquele que trás em suas mãos o cabo.
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Luiz Paulo Miranda

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Eu Sou Esse Moleque Aí

Eu sou esse moleque aí, o da camiseta de gola larga e daquele moletom surrado o qual, como um legado familiar, havia pertencido as duas últimas gerações de irmãos. Sou eu o pivete das havaianas finas e gastas, as quais serviam tanto para os pés quanto para as traves de um campo de futebol improvisado no asfalto. O tempo voou e tanta coisa ficou para trás, eu nem sei se ainda existe algo desse moleque em mim, o fato é que essa imagem é uma verdeira viagem no tempo. Sim, uma baita viagem, pois, ao longo desse tempo, vi os olhares de desconfiança se transformarem em olhares de admiração, mas, claro, com aquela pintada de surpresa e uma bela dose recalque. Como dizem os poetas, "nada como o tempo para dizer quem é quem"... Tempo esse que passou tão rápido que eu nem percebi, ficando apenas a recordação do moleque que fui um dia, sim meu caro, o moleque da camiseta cuja gola era largar, do moletom surrado de gerações passadas e, claro, das havaianas finas.
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Luiz Paulo Miranda

Só Queria Ir Embora

Só quero ir embora, Não quero mais ficar aqui... Acho que já passou nossa hora, Com ou sem sofrimento, o adeus há de vir. # Sim, só quero di...