Porém, algo tenta me calar.
Daí da minha boca nada mais sai
E nem no papel eu ouso colocar.
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Amordaça-me com ideias pequenas,
Fazendo de mim um refém seu.
Hoje não sei se vale apena,
Ser o que deseja e esquecer quem sou eu.
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Acreditas que todo verso relata história,
Sim, como contos da vida do escritor.
Mas engana-se, pois já escrivi minhas memórias,
E os poemas tem por fim decifrar o amor.
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Sim, aquele amor,
Aquele que tudo pode curar,
Que não dá espaço ao ciúme e a dor,
E que dá força para o poeta continuar.
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Ninguém jamais irá me calar,
Pois escrever é uma das minhas paixões.
Gosto de construir frases e de rimar,
E, com palavras, abalar corações.
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Luiz Paulo Miranda