Eu ainda me lembro,
Da letra, do ritmo, do som...
Da mão na cintura e do rosto no ombro,
Nossos beijos e as marcas do batom.
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E a música não para de tocar,
Parece uma perseguição...
Mais forte que eu, é impossível ignorar,
Traz de volta o passado, furtando-me o chão.
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Como posso não chorar?
Se apenas o refrão me deixa abalado.
O dia acaba ao escutar
E, inevitavelmente, os olhos ficam encharcados.
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A música ainda é minha e sua,
Embora de outro seja a autoria.
Música esta que muito evidencia,
E Deixa clara uma verdade nua e crua,
Nada sou sem a sua companhia.
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Luiz Paulo Miranda