Olha eu aqui outra vez olhando para estas paredes frias e
manchadas, de fone no ouvido e, com um som no volume máximo, ouvindo Jack
Tequila. Sei, pensas que é uma musica antiga e brega, mas fazer o que se esse é
o som que me conecta aos momentos perdidos em meios às laudas do tempo... Hoje
seguro uma caneta mordia e, diante de uma folha em branco, a qual me suplica
por uma bela exposição textual acerca de uma pesquisa acadêmica feia, teimo em
ficar parado olhando para essas malditas paredes e escutando essa música
infeliz. A preguiça é algo terrível, pois ela chega de vagarzinho e, como um
parasita, tomar conta do corpo do hospedeiro, ocasião em que o tempo voa e tudo
se atrasa. Mas, venhamos e convenhamos, ninguém é de ferro e a tecla
"F" às vezes deve ser acionada, pelo menos nos finais de semana. No
entanto, apenas hoje posso dizer que, se preguiça matasse, amanhã, além de um
domingo melhor que esse sábado chato, seria o enterro do preguiçoso que vos
escreve. É isso ai, talvez eu não seja tão esforçado assim como muitos pensam e,
como milhões de pessoas no mundo, precise deixar certas coisas para serem
feitas nas últimas horas, já que dias como hoje costumam acabar com o nosso
animo. Desejando a você um sábado abençoado e, no que concerne a produção, melhor
que o meu, sigo curtindo Jack Tequila e torcendo para que a preguiça se vá.
Luiz Paulo Miranda