Perdido em meio aos diversos dilemas posso-lhe afirmar que minha
resposta, além de filosófica, daria um lindo poema. Estando distante ou aqui
pertinho, espero que o guarde minhas palavras com carinho, pois independente da
distância, neste mundo de incontáveis fronteiras, somos todos vizinhos. Moro em
um lugar comum e sem qualquer mordomia, tenho vizinhos que gosto e outros que
dispenso a companhia. O bairro alaga quando chove e, apesar de sujar as ruas e pra
alguns causar destruição, dou graças a Deus, pois a água não chega nem perto do
nosso portão. Aqui todas as tarde passa o carro do churros e, um pouco depois,
é a vez do carro do pão caserão, aqueles chatos que, valendo-se de um potente
som, sempre me acordam quando o sono vai ficando bom. Sou o chato que mora logo
ao lado, aquele que uns admiram e por outros é odiado, mas que, em momento
algum, par tal motivo, se mostra frustrado. Para alguns é esquisito, já pra
outros sou bonito, mas muitas vezes sou banido e, a festas de quem desde a
infância julguei amigo, o convite restou esquecido. Sou o neguinho cujas
más profecias o via como bandido e, até hoje, alguns julgam um caso perdido.
Perdido onde, no mundo imaginário ou íntimo do seu do passado? Em outras
palavras, sou um reles mal-amado e, para sempre, um garoto revoltado. No
entanto, posso-me auto-intitular um gênio à procura de sua genialidade, despido
de vaidade e, sempre que pode, praticando a bondade, pois aquele que dá valor a
simplicidade, sempre conquista novas amizades... Muitos são os que dizem viver
e exclama a liberdade somado à felicidade, mas posso aqui dizer, neste mundo de
hipocrisia, poucos são os que vivem de verdade. Para aqueles que passam pela
vida como protagonista de uma comédia agoniante, sou mais um que luta pra se
manter distante. Serei tudo o que sonhei e o dobro do que muitos subestima,
pois, entre lágrimas e sorrisos, criou-se um novo clima e, aí então, me tornei
o cara das letras, das frases e das fortes rimas. Eu que moro no início do
morro, na segunda casa de baixo para cima, dedico as palavras de hoje aos
lindos olhos de mulher e ao encanto do sorriso de menina, mas que encontram
unidos naquela que há tempos me fascina.
Quem sou eu

- Crônicas de Luiz Paulo Miranda
- Carapicuiba , são paulo, Brazil
- Advogado inscrito OAB/SP n° 391.112; Graduado em Direito pela Faculdade da Aldeia de Carapicuíba (FALC); Pós-graduando em Ciências Criminais e Direito Tributário pela Faculdade Legale. Tem 32 anos e reside no município de Carapicuíba/SP. Watss App n°(11) 981685890.
sábado, 26 de julho de 2014
Só Queria Ir Embora
Só quero ir embora, Não quero mais ficar aqui... Acho que já passou nossa hora, Com ou sem sofrimento, o adeus há de vir. # Sim, só quero di...
-
Muito fingem ser o que não é e com isso acabam atraindo para perto de si o que não presta, em outras palavras, cobras enrustidas de amigos...
-
Logo eu que sempre dei valor às coisas simples, que sempre amei um olho no olho e desprezava os outros meios, eu que acreditei que amar é ...
-
Carta ao Leitor Vivo me perguntando o que são as memorias e por que elas me aterrorizam tanto? Serão elas fantasmas que vivem a nos at...