Aos trancos e barrancos, continuo seguindo.
As vezes triste noutras com raiva, cheguei até chorar,
Mas olhos molhados, eu sigo sorrindo.
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Enorme é a incompetência em salvar,
Aos poucos e entres os dedos, vejo tudo esfarelando.
Um ódio que do sorriso toma o lugar,
Uma desunião e tristeza que chega sem estarmos esperando.
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Por quanto tempo ainda irei conseguir?
Sei lá, ninguém sabe a dor nem o meu fardo,
Ninguém sabe como é difícil seguir,
Esquecer a humilhação e nesta cama permanecer deitado.
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Quantas loucuras tenho enfrentado,
A vida é bela, mas o ser humano é ingrato.
Mesmo com as ofensas e constantemente ameaçado,
Sou um bom alfa, fiel e sensato.
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Desprezo o demônio que a habita,
Espero que a paz de Deus a encontre,
Que traga tranquilidade a essa alma aflita,
Em serenidade se remonte.
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Meu lugar ao sol irei buscar,
Quem sabe cumprir a missão paternal.
Já às agressões e ameaças, jamais irei vingar,
E, como um alfa exemplar, apenas dizer Adeus a uma mulher infernal.
Por Luiz Paulo Miranda