O Golpe Tá Aí

Se eu fosse chorar,

As lágrimas não seriam o suficiente.

Então deixa isso pra lá,

Um dia menino no ninho, noutros a pior das serpentes.

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O golpe taí,

Já diziam-me sem moderar.

Quem quiser, pode cair,

Ou, com o perigo, continuar à brincar.

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Já fui o enigma do fim da frase,

Também rima central do nosso poema.

As vezes ficamos no quase,

Mas o dia raia e, com ele, reiniciam-se os problemas.

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Um modus operandi cruel, 

Não queira pagar pra ver.

De buquê, vestido e um baita véu,

Te algema sem você perceber.

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Sim, aparece sem você perceber,

De batom, saia, pele escura, a mais gostosa da b...

Numa chave de pernas teu coração passa à prender,

E, do nada, heis tú diante do padre tendo nas mãos a caneta.

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Luiz Paulo Miranda 

Meu 15 de Agosto

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Já disse uma vez,

E a você torno a repetir.

Sou grato a tudo que me fez,

E sem ti, mesmo após oito anos, luto pra seguir.

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Já fui pura tristeza

E até desconfiei de depressão.

Me vi revoltado com divino e com suas bíblicas certezas,

Num mundo injusto, vivo em constante adaptação.

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Já falei da saudade daquele café,

Das manhãs que jamais serão como antes.

Declarei que, da minha vida, foi você a mais importante mulher,

E independente do tempo, a saudade será sempre gigante.

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Já chorei muito a sua partida,

Pois dizer Adeus a sua mãe dói demais.

Sim, o tipo de dor que nos faz perde o prumo da vida,

Mas saber que está com Deus nos conforta um pouco mais.

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Já falei muito, pois sua partida abalou minha a estabilidade e também minha fé,

Talvez nesta data, tenha mais palavras que inspiração,

Pois o tumulo não representa a grandeza de uma mulher,

Já nosso poema, todo dia 15 de agosto, é uma forma de conexão.

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Por Luiz Paulo Miranda.

Como Um Alfa Exemplar

De natal a natal, sou eu o alfa exemplar,

Aos trancos e barrancos, continuo seguindo.

As vezes triste noutras com raiva, cheguei até chorar,

Mas olhos molhados, eu sigo sorrindo.

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Enorme é a incompetência em salvar,

Aos poucos e entres os dedos, vejo tudo esfarelando.

Um ódio que do sorriso toma o lugar,

Uma desunião e tristeza que chega sem estarmos esperando.

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Por quanto tempo ainda irei conseguir?

Sei lá, ninguém sabe a dor nem o meu fardo,

Ninguém sabe como é difícil seguir,

Esquecer a humilhação e nesta cama permanecer deitado.

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Quantas loucuras tenho enfrentado,

A vida é bela, mas o ser humano é ingrato.

Mesmo com as ofensas e constantemente ameaçado,

Sou um bom alfa, fiel e sensato.

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Desprezo o demônio que a habita,

Espero que a paz de Deus a encontre,

Que traga tranquilidade a essa alma aflita,

Em serenidade se remonte.

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Meu lugar ao sol irei buscar,

Quem sabe cumprir a missão paternal.

Já às agressões e ameaças, jamais irei vingar,

E, como um alfa exemplar, apenas dizer Adeus a uma mulher infernal.

Por Luiz Paulo Miranda