Eu curto aqueles momentos, sabe... Aqueles em que ninguém espera, aquele em que tudo parece estar perdido e que todos começam a pensar que o gênio não passava de charlatão. Eu curto esses momentos, eu adoro ver a cara de surpresa uns ou a de ódio de outros quando percebem a magia acontecer. Tipo, sem plano, sem grito, sem bater na mesa e totalmente natural. Eu curto e posso dizer que é o que me dá mais prazer nessa profissão. Então sim, eu quero que se foda a porra toda, meu espírito antisocial se negar a distribuir sorrisos falsos por aí ou buscar consolo em amizades inexistentes. Se por acaso sentar-se ao outro lado da mesa e resolver sacar um trinta e oito, o engravatado aqui, na da formal e com traços claros de sociopatia, vai estar pronto com quantas bazucas forem necessárias. A vida não é diferente do jogo de xadrez, pois, miro sempre a rainha, embora derrubar peão faça parte do dia a dia.
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Luiz Paulo Miranda