Vivão, forte e consciente.
Não importa o que o destino me fez,
Sou o mesmo, só um pouco diferente.
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Como eu queria gritar,
Só um pouco, mas daquele jeito.
Para o mundo inteiro escutar,
Pois mesmo sozinho faço bem feito.
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As vezes penso em dar um tempo,
Sei lá, dizer que a porra toda acabou...
Viver apenas o momento,
Esquecer tudo e todos, ficar apenas com o que restou.
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Eis o labirinto social,
Sou eu um escravo maldito,
Desde o corte umbilical,
Ao trancar do jazido.
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Sim, do momento do parto,
Ao coração partido,
Do menino catarrento,
Ao exemplar pai e marido.
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Eis-me aqui onde todos podem enxergar,
Tomado por este bom senso social,
O Alfa de coleira e um pai exemplar,
Sem despir máscara, de natal a natal.
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Luiz Paulo Miranda