Eu sou os três pontinhos ao final do poema,
Aquele detalhe ignorado.
Sou razão do ciúme e demais problemas,
O presente que a conecta ao passado.
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Eu sou a lágrima que caí,
Aquela vontade indesejada.
Sou o cara que vem e se vai,
Eu sou a solução nos fins de balada.
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Sou eu a poesia não rescitada,
A verdade há muito escondida.
Sou eu o "não" ao final da cantada,
O remédio para suas feridas.
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Eu sou o romance não assumido,
Seu coleguinha do fim da sala.
Sou eu a razão dos seus sorrisos,
Quando quem deveria ficar, já fez as malas.
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Por Luiz Paulo Miranda