O Coração do Poeta

Escrevo por amor,

É mais que um desejo de ser ouvido.

As palavras expressam alegria e dor,

E vibração de um coração partido.

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Sou poeta e sempre vou ser,

Na mente o universo é inteiramente meu.

Sou mais do que a alegria do ato de escrever,

Um porta voz de fatos vivenciam, mas apenas o poeta percebeu.

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Então pra que reprimir o talento,

Se o pássaro nasceu pra voar.

A poesia vem e vai como o vento,

Apenas com o papel e caneta tento eternizar.

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A poesia é minha aliada

E, fiel a ela, busco inspiração.

A poesia é o ponto de equilíbrio nesta estrada,

É quando o poeta de fato abre seu coração.

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Luiz Paulo Miranda

Aos Olhos do Artista

Onde o príncipe torna-se fera,
O que é triste nem sempre representa a dor,
Apesar de real, não são sinceras,
Mesmo assim, elas correm no rosto do ator...

Artista é o ator que chora,
Mas nem sempre é porque está triste,
Pois independente da história, 
Emociona a todos que assiste.

Leonardo, ao pintar Monalisa, não se viu encantado,
Não sendo ela uma diva ou capa de revista,
Mas ele, por sua arte, revelou-se eternamente apaixonado,
Quem irá dizer que o amor ali não exista?

Aos olhos do artista o mundo ganha cor,
Faz o que está morto, à vida voltar,
O que era ignorado passa a ter valor,
E, aquele que estava perdido, aos poucis encontrar.

O artista nasce, mas não há de morrer,
E, já que a vida é feita de lembrança,
Sua alma, entre fronteiras e distâncias,
Na arte, sempre há de viver...
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LUIZ PAULO MIRANDA

Em Busca do Seu Lugar

Já acreditei na força do amor,
O "felizes para sempre" fui buscar.
Mas certas alegrias sempre terminam em dor,
E, tudo que pega fogo, em cinzas tende à acabar.

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Se tínhamos que lutar,
Fiz minha parte, fui ao ringue e lutei.
Nem toda batalha dá pra se ganhar.
Porém, ganhando ou perdendo, eu me esforcei.

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Há virtudes que só vem com a idade,
E, até lá, poucos irão nos enxergar.
Alguns buscam a felicidade,
Outros só vivem para atrapalhar...

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O tempo passou por nós
E, nesse ínterim, eu vi tudo mudar...
Por isso, falo e repito em alta voz,
Tudo se vai, mas nosso amor já de continuar
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Luiz Paulo Miranda

O Coleguinha do Fim da Sala

Eu sou os três pontinhos ao final do poema,

Aquele detalhe ignorado.

Sou razão do ciúme e demais problemas,

O presente que a conecta ao passado.

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Eu sou a lágrima que caí,

Aquela vontade indesejada.

Sou o cara que vem e se vai,

Eu sou a solução nos fins de balada. 

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Sou eu a poesia não rescitada,

A verdade há muito escondida.

Sou eu o "não" ao final da cantada,

O remédio para suas feridas.

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Eu sou o romance não assumido,

Seu coleguinha do fim da sala.

Sou eu a razão dos seus sorrisos,

Quando quem deveria ficar, já fez as malas.

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Por Luiz Paulo Miranda

Ingenuidade

É tudo ingenuidade se queres saber,

Ingenuidade acreditar nos acasos do destino.

Mesmo se sentindo homem após crescer, 

Vemos a vida e agimos como menino.

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Falo mais uma vez,

Mas falo agora de verdade.

Entendo das regras e das leis,

Mas perante uma linda mulher, impera a ingenuidade.

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Eu me encantei pelo seu olhar,

Pelo estilo de vida e pelo sorriso em seu rosto.

De muitas formas a sua atenção quis chamar,

Mas no fim, percebi que na verdade não faço seu gosto.

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Dos obstáculos, a beleza é o maior,

Não julgo, pois sempre foi assim, nada está mudado.

Dos males da vida, eis aqui o pior,

Rouba-me o coração e agora me deixa ignorado.

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Mas o poemas é o que posso fazer,

O restante no plano meta físico há de ficar.

Não sou nada demais, apenas sei escrever,

E, visando uma freezone, o seu coração tentar tocar...

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Por Luiz Paulo Miranda

Vírus Maldito

Parece que foi ontem,

Que usar máscara era cosia de doente.

Não havia medo da aglomeracão e do vai e vem,

E os abraços não ficavam só em nossas mentes.

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Meu deus, não faz muito tempo,

Eu podia sair a vontade e sem medo de contato,

Sem máscara, podia sentir a brisa do vento,

Sem se importa com que tava do lado.

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Sim, se estava perto ou grudado,

Com masca ou não.

Se estava falando ou calado,

Ou até se estava doente ou são.

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Parece que foi ontem, tanto que não vi o tempo passar,

Há um anos e pouco eu podia entrar onde queria,

Comprava o que eu queria comprar,

Sem medo de contágio ou dessa porra de pandemia.

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Não faz muito tempo que eu vi acontecer,

Era tudo normal, não havia preocupação,

Nos víamos pouco, mas ao menos podíamos no ver.

Havia beijos, abraços e, sem álcool, apertos de mão.

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Hoje o medo da morte é real,

Um vírus maldito eficaz no ato de matar,

Vai de família a família num instinto animal,

Saímos de casa sem saber como iremos voltar

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 Por Luiz Paulo Miranda

Inspirações e Excitacões

Eh lá em casa,

Você nem imagina?...

Descendo na minha vara,

Eu por baixo e tú por cima.

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Tú é linda, uma inspiração,

Seu olhar é sedutor,

Me deixa querendo o seu amor,  

E acelerar o meu coração.

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Ter seu corpinho todo meu,

Imagina como seria,

Aquela foda, eu e você, você eu.

A melhor da companhias,

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Você é pura sedução,

Tú és refém dos meus carinhos.

Te quero toda nua e cheia de tesão,

Minha cabeça lá embaixo chupando seu grelinho.

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Por Luiz Paulo Miranda

Carnificina Virtual

Virou moda a carnificina,

A princípio era de se espantar,

Mas hoje se tornou rotina 

E, até quem detestava, agora corre pra filmar...

O homem é idiota, mas mesmo assim cria,

Porém, com prazer, destrói,

São mentes poluídas e almas vazias,

Instiga o ódio e finge ser herói...

Ao próximo aponta defeitos,

Os próprios este omite,

Não sei "justiça" ganhou outro conceito

Ou se o amor ao próximo não mais existe,

Para os deveres dá as costas  

Mas dos direito se diz titular,

Torce para que seja na sua porta,

Pois o terror passou à admirar...

Será um simples publicação,

Ou divulgação do que há de mal,

Será este o legado dessa geração,

A carnificina virtual.

Confessionário Virtual

Es o confessionário virtual,
Onde esbanja-se felicidade e encenação,
O poeta torna-se irracional
E o covarde encontra forças para fazer sua  declaração...

Onde há mentes diabólicas e fértil,
Várias são as opções,
Mas, onde habita um coração vazio,
Dificilmente haverá boas intenções...

Diante do "Bonde das Maravilhas",
É aconselhado ir a pé,
A internet é lotada de armadilhas,
Que, ao navegantes, além de inteligência, exige-se fé...

Atrás de uma tela tudo é seguro,
As amizades facilmente chega ao número mil
Pois o homem segue imaturo,
Ao final, vê que só máquina evoluiu.


Luiz Paulo Miranda

Autocrítica

A autocrítica se faz necessária na vida de qualquer profissional ou acadêmico, no entanto, não é algo que se ensine, uma vez que só é alcançada após um certo grau de maturidade... O ruim não é ter que estudar para a prova, mas sim saber que, se tivesse feito do jeito certo, não precisaria está estudando... Talvez essa voz-zinha que ecoa em minha cabeça e toma-me  a mente seja a chave de tudo . Isso mesmo, aquela voz chata que vem sempre que eu ligo o vídeo game ou, ao começar a escrever um poema, acaba com meu raciocínio... Ela é de suma importância em nossas vidas e a verdadeira chave para o sucesso. É uma pena  tê-la ignorado tanto este ano. " O que me conforta é saber que amanhã serei melhor do que hoje e, assim, sucessivamente, pois esse é meu estilo de vida". Somos eternos aprendizes...

Luiz Paulo Miranda

Onde está o erro?

Cenas como essas são lamentáveis, pois deixam claro a falta de respeito das pessoas para a polícia, tal como o despreparos de alguns agentes. Não podemos se apegar a um lado dessa discussão e esquecer o outro, pois ambos que estavam ali assumiram o risco, ela foram às causadoras, podiam levar um tiro ou um jato de pimenta na cara, mas infelizmente foi primeiro. Haveria culpa do policial? Será que aquele que dedica o seu dia a dia à defesa da sociedade em face das injustiças e criminalidade não tem o direito de ficar tenso em meio a multidão? Será que existe um robô ao invés de um homem embaixo daquela farda? Enquanto muito o aponta como sendo carrasco, este deve sorrir? Só quem já portou uma arma em meio a um tumulto saberá explicar a linha existente entre o autocontrole e o estresse, entre ação e reação e, perante as cenas apreciadas, ter ideia do quanto ela é ínfima. Quando alguém que, na companhia de mais uns dez, fica lhe rondando, proferindo ofensas e ameaças, mas de uma hora pra outra, avança contra você. Aparentemente, pegaria o splay de pimenta, mas não estando este sozinho, o que os outros faria em seguida. Não foi correta a ação do policial, talvez aquela pistola já mais devirá ter saído do coldre, mas esta ação é expressamente escusável, pois a força do Estado esta indo pelo ralo e, este acontecimento deixa bem claro isso.  

A Noite do Lado de Cá

Sendo várias ou única a estrada, sendo reta, sinuosa ou, pior, a mais confusa das encruzilhadas, sempre terá para onde ir o peregrino, pois em um único passo, independente para onde está indo, abrir-se um leque de possibilidades, mudando horizontes e alterando destino. Voltamos a sonhar em face de um raio de  esperança, seguimos com fé e sem se abater, embora imensa seja distância. Um dia poderei dizer, vi o mundo desmoronar e o sonho acabar e, não tendo mais força para lutar, pouco pude fazer, no entanto, resurgi das cinzas, pois ao meu lados sempre tive você... Ignorar, esquecer e, numa busca da razão e do porque, aprendemos que o final da existência é tão lema da vida quanto própria sobrevivência. Diante dos traumas, obrigam-nos a tudo esquecer, a tocarmos o barco e, em meio a tristeza, a reaprender a viver. No entanto, as injustiças de ontem, aquelas que vemos na TV, são as mesmas de hoje e, infelizmente, não param  de acontecer. Queria saber as razões, os porém e os porquês, no entanto, do que iria valer, já que muitos explicam, planejam e mentem, mas  as injustiças não param de  acontecer... Não é por que choramos que não somos guerreiros, não é porque mentimos que não somos verdadeiro e, em meio as lágrimas e as injustiças, lutamos para destruir os invisíveis cativeiros, para que, assim, possa manter seus sonhos vivos o filho do pedreiro. Só quem veio da periferia sabe como é, sabe que nem todo bom de bola pode ser Pelé, entende que com uma CG não se atrai muita mulher e, principalmente, sabe que, independente das batalha travada, nem sempre, filho de peixe, peixinho é...

Convicções, Vícios e Virtudes

Chega um momento na vida onde pouco importa o que falam ou pesam ao seu respeito, já que, por causa dos outros, jamais devemos mudar nosso jeito, pois, independente do status social, ignorar também é gesto de respeito... Não é questão de nariz empinado ou mania de um menino revoltado, pois sou exemplo vivo de que às vezes temos que esquecer as diferenças e, junto a quem não gostamos, passar a lutar lado a lado, tanto  por tudo aquilo que deve ser preservado quanto contra o que acreditamos ser errado. Em face dos maus educados e arrogantes, para evitar confusão devem serem mantidos distante, como diz o antigo ditado: embora distante, as vezes pra andar deve deixar a bagagem pela estrada o viajante... Você diz foda-se pra tudo e tenta ser livre com suas próprias convicções.  Não sou certinho e nem  exemplo pra ninguém, em outras palavras, sou tão vagabundo quanto intelectual, tão comum quanto anormal, tão reper quanto roqueiro, tão educado quanto maloqueiro... Sou escritor do meu destino, um eterno viajante e, independente da estrada, sou um reles peregrino. Sou alguém que leva a vida tão revoltado quanto feliz e, em algumas  ocasiões, até sorrindo, pois o homem de hoje, além de guerreiro, sempre será um menino...