Uma das cenas mais emocionantes da vida de um pivete, daquelas que por mais lindo ou poético que seja o texto, não será capaz de descrever o quão importante foi tal momento. O que não impede de tentarmos... Era uma maquina fotográfica emprestada, daquelas antigas que iam filme e não havia zoom e que, infelizmente, havia sempre a incerteza se iria ou não vingar. Torcíamos para que a foto não queimasse... Essa é tipo de foto que são tão lindas que os parentes pedem emprestada para fazer uma cópia e você só volta a vê-la novamente dez anos depois, quando, por acaso, vai ajuda na mudança ou na faxina na casa do parente pilantra. Que toda foto carrega uma história subjetiva todos nos já sabemos, mas poderei resumir aqui os motivos da emoção ao reencontrar a presente imagem. Era Festa Junina do ano de 2001, na escola Fabiana de Queiroz, como sempre, obrigaram-me a vestir aquela roupa cafona, fazer um bigode falso, pintar um dos dentes, por um chapéu de palha e ir por dançar quadrilha. Sim, lá estava eu, ao lado de uma menina que me odiava, cantando " alô galera bate a mão e bate o pé"... Como se não bastasse, minha irmã levou a maquina da vizinha para eternizar aquela cena... Os personagens são: o baixinho que agora é mais alto que eu, o meu irmão Niel Santos; o meu sobrinho que tem quase a minha idade, o Marcos Luan e; por último, e não muito importante, o cara que vós conta o fato. São lembranças perdidas e fotos furtadas, mas diante disso, posso deixar de dar um recado, não emprestem suas fotos a parentes safados, pois você pode voltar a vê-la só daqui á dez anos enquanto ajuda na mudança do folgado. Um bom dia a todos!
