É como um estralo,
Eu a vejo e penso, quem sabe um dia.
Planejo um "oi", mas na hora não falo,
Embora seja ela dona de imensa simpatia.
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Mulher da pele escura,
Dos cabelos longos, lisos e franjados.
Nem pouca e nem muita altura,
Dona do sorriso pelo qual vejo-me encantado.
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Nossos horizontes se cruzaram na banca de DVD,
Já faz um tempo, mas não parei de pensar.
Aí eu penso: como e o que dizer,
Se, ao me ver, tú não consegues lembrar.
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Por que não peguei um número seu,
Talvez podia ter esticado o assunto.
Poderia ter dito mais quem sou eu,
E, quem sabe, saíssemos de lá juntos...
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Embora distante, moramos na mesma rua,
Minha paixonite do início da ladeira.
Minha atenção é totalmente sua,
Pois a flecha do cupido, naquele dia, foi certeira.
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Por isso, eu vou além,
Pois tú me abala com a força do olhar.
Digo a ti o que não falo pra ninguém,
Serei um eterno súdito se em meu mundo passes à reinar.
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Luiz Paulo Miranda