As palavras são presente e passado,
Porém, eu fiz a minha escolha.
Como numa imensa bolha,
Vejo-me eternamente algemado...
#
O tempo me ensinou,
Não há mais como voltar.
Eu deixei e, aos poucos, o vento me levou,
Não tendo mais o que consertar.
#
A cada sopro, vejo que matrimônio é prisão
E um dos piores filmes de terror.
Pois deixando de lado o coração,
Junto ficam até a alegria dar lugar a dor.
#
Aí minhas palavras tornam-se fortes
E, nas minhas mãos, instrumentos.
E com elas vou de Sul ao Norte,
Lutando contra o sopro desse maldito vento.
.
.
Luiz Paulo Miranda