Minha Terceira Década

Não dá pra dizer o que sou sem me recordar do que fui... Bom, os calos que ostenta em minhas mãos são incapazes de contar essa história, no entanto, posso aqui dizer que me orgulho de todos deles. Hoje eu vejo que nada foi em vão e, independente dos obstáculos, tudo valeu a pena. Eu sou grato pelas pessoas que Deus colocou no meu caminho, todas elas sem exceção. Quando eu falo todas as pessoas me refiro aos anjos e demônios, me refiro aos falsos e aos verdadeiros, os amigos e os inimigos.
Eu agradeço a todos que tiraram um minuto do seu fim de semana para me parabenizar pelos meus 3.0. Devo admitir que é super estranho completar a terceira década de vida e que a sensação não é nada comparado com as anteriores. Acredito que seja pelo fato de que, em média, os pessoas vivem sessenta  e poucos anos e se tem a sensação de ter alcançado metade disso. Ou seja, é como se você estivesse usado metade do seu tempo aqui na terra e que tem que saber o que fará com a outra metade. É aí que idéia que antes eram consideradas insanas, diante dessa contagem regressiva e do iminente trintão, passam a ter alguma chance de se tornar realidade. O fato é que, independente do que estiver por vir, sou feliz por estar onde estou, por ser quem eu sou  e, principalmente, sou feliz porque, a cada ano vivido, me torno uma pessoa melhor. Agradeço a Deus por me dar força e paciência para enfrentar todos os desafios do dia a dia, mas agradeço principalmente pelas pessoas que colocou no meu caminho, pois sem elas seria tudo ainda mais difícil. Bom, vamos que vamos, pois o show não pode parar, pois a busca pelos sonhos nunca parar, nós só mudamos um pouco o foco e aumentamos um pouco o nível do jogo. Como já disse Mano Brown, vamos brindar o dia de hoje porque o amanhã só pertence a Deus...rs

O Vento

As palavras são presente e passado,
Porém, eu fiz a minha escolha.
Como numa imensa bolha,
Vejo-me eternamente algemado...

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O tempo me ensinou,
Não há mais como voltar.
Eu deixei e, aos poucos, o vento me levou,
Não tendo mais o que consertar.

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A cada sopro, vejo que matrimônio é prisão
E um dos piores filmes de terror.
Pois deixando de lado o coração,
Junto ficam até a alegria dar lugar a dor.

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Aí minhas palavras tornam-se fortes
E, nas minhas mãos, instrumentos.
E com elas vou de Sul ao Norte,
Lutando contra o sopro desse maldito vento.
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Luiz Paulo Miranda