Sou poeta e não vou me esconder,
As palavras flutuarão pelo ar.
Mesmo que poucos possam entender,
No seu coração elas hão de penetrar.
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Hoje há ódio onde havia amor,
Sem ti, companhia alguma finda a solidão.
Enquanto uns fazem juízo de valor,
Procuro juntar os cacos que ainda restam no chão.
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Nosso sonho hoje é nossa dor,
As lembranças tornaram penalidades.
Já vivi por você e pelo seu amor,
Mas hoje desprezo até sua amizade.
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Dedico a ti a última poesia,
Deixando tudo claro como um cristal.
Pois, entre lágrimas, tristeza, dor e alegria,
Eis aqui o nossos ponto final.
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Luiz Paulo Miranda