Hoje, constantemente, te vi gemer
E, num tom elevado, meu nome chamar.
Mas dessa vez seu gemido não foi de prazer,
E o seu grito era pra eu te ajudar.
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Sua dor é minha dor,
Seu gemido é meu gemido.
O mundo se resume ao nosso amor,
E, sem você, me vejo perdido.
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A apendicite lhe furtou da minha cama
E a lançou em uma de hospital.
Há males que aproxima quem agente ama,
E, com fé em Deus, superamos este mal.
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Hoje suas lágrimas me fizeram chorar,
Mas sei ser esse mais um momento superado.
Seu sorriso pós cirúrgico pode a todos emocionar,
Confirmando ser esse momento ruim, objeto do passado.
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Luiz Paulo Miranda
(Dedicado a Aline Silva)