Teu olhar me chama,
Teu corpo me vicia.
Sou o prisioneiro em sua cama
E, escravo do seu prazer, dispenso a alforria.
#
Nesta noite seu prazer é alimento,
Arranha, morde, sem pensar dor.
Contigo inexiste sofrimento,
Somos dois malucos reescrevendo o amor.
#
Imensa é a força do seu olhar,
Pois me deixa pegando fogo.
Tú domina a arte de rebolar
E, no seu gingado, eu fico louco.
#
Rebola com força minha gata,
Mexe muito essa bundinha,
O que vicia nem sempre nos mata,
Afinal, sou todo seu e você toda minha.
.
.
Luiz Paulo Miranda