Carnificina Virtual

Virou moda a carnificina,

A princípio era de se espantar,

Mas hoje se tornou rotina 

E, até quem detestava, agora corre pra filmar...

O homem é idiota, mas mesmo assim cria,

Porém, com prazer, destrói,

São mentes poluídas e almas vazias,

Instiga o ódio e finge ser herói...

Ao próximo aponta defeitos,

Os próprios este omite,

Não sei "justiça" ganhou outro conceito

Ou se o amor ao próximo não mais existe,

Para os deveres dá as costas  

Mas dos direito se diz titular,

Torce para que seja na sua porta,

Pois o terror passou à admirar...

Será um simples publicação,

Ou divulgação do que há de mal,

Será este o legado dessa geração,

A carnificina virtual.

Confessionário Virtual

Es o confessionário virtual,
Onde esbanja-se felicidade e encenação,
O poeta torna-se irracional
E o covarde encontra forças para fazer sua  declaração...

Onde há mentes diabólicas e fértil,
Várias são as opções,
Mas, onde habita um coração vazio,
Dificilmente haverá boas intenções...

Diante do "Bonde das Maravilhas",
É aconselhado ir a pé,
A internet é lotada de armadilhas,
Que, ao navegantes, além de inteligência, exige-se fé...

Atrás de uma tela tudo é seguro,
As amizades facilmente chega ao número mil
Pois o homem segue imaturo,
Ao final, vê que só máquina evoluiu.


Luiz Paulo Miranda

Autocrítica

A autocrítica se faz necessária na vida de qualquer profissional ou acadêmico, no entanto, não é algo que se ensine, uma vez que só é alcançada após um certo grau de maturidade... O ruim não é ter que estudar para a prova, mas sim saber que, se tivesse feito do jeito certo, não precisaria está estudando... Talvez essa voz-zinha que ecoa em minha cabeça e toma-me  a mente seja a chave de tudo . Isso mesmo, aquela voz chata que vem sempre que eu ligo o vídeo game ou, ao começar a escrever um poema, acaba com meu raciocínio... Ela é de suma importância em nossas vidas e a verdadeira chave para o sucesso. É uma pena  tê-la ignorado tanto este ano. " O que me conforta é saber que amanhã serei melhor do que hoje e, assim, sucessivamente, pois esse é meu estilo de vida". Somos eternos aprendizes...

Luiz Paulo Miranda

Onde está o erro?

Cenas como essas são lamentáveis, pois deixam claro a falta de respeito das pessoas para a polícia, tal como o despreparos de alguns agentes. Não podemos se apegar a um lado dessa discussão e esquecer o outro, pois ambos que estavam ali assumiram o risco, ela foram às causadoras, podiam levar um tiro ou um jato de pimenta na cara, mas infelizmente foi primeiro. Haveria culpa do policial? Será que aquele que dedica o seu dia a dia à defesa da sociedade em face das injustiças e criminalidade não tem o direito de ficar tenso em meio a multidão? Será que existe um robô ao invés de um homem embaixo daquela farda? Enquanto muito o aponta como sendo carrasco, este deve sorrir? Só quem já portou uma arma em meio a um tumulto saberá explicar a linha existente entre o autocontrole e o estresse, entre ação e reação e, perante as cenas apreciadas, ter ideia do quanto ela é ínfima. Quando alguém que, na companhia de mais uns dez, fica lhe rondando, proferindo ofensas e ameaças, mas de uma hora pra outra, avança contra você. Aparentemente, pegaria o splay de pimenta, mas não estando este sozinho, o que os outros faria em seguida. Não foi correta a ação do policial, talvez aquela pistola já mais devirá ter saído do coldre, mas esta ação é expressamente escusável, pois a força do Estado esta indo pelo ralo e, este acontecimento deixa bem claro isso.  

A Noite do Lado de Cá

Sendo várias ou única a estrada, sendo reta, sinuosa ou, pior, a mais confusa das encruzilhadas, sempre terá para onde ir o peregrino, pois em um único passo, independente para onde está indo, abrir-se um leque de possibilidades, mudando horizontes e alterando destino. Voltamos a sonhar em face de um raio de  esperança, seguimos com fé e sem se abater, embora imensa seja distância. Um dia poderei dizer, vi o mundo desmoronar e o sonho acabar e, não tendo mais força para lutar, pouco pude fazer, no entanto, resurgi das cinzas, pois ao meu lados sempre tive você... Ignorar, esquecer e, numa busca da razão e do porque, aprendemos que o final da existência é tão lema da vida quanto própria sobrevivência. Diante dos traumas, obrigam-nos a tudo esquecer, a tocarmos o barco e, em meio a tristeza, a reaprender a viver. No entanto, as injustiças de ontem, aquelas que vemos na TV, são as mesmas de hoje e, infelizmente, não param  de acontecer. Queria saber as razões, os porém e os porquês, no entanto, do que iria valer, já que muitos explicam, planejam e mentem, mas  as injustiças não param de  acontecer... Não é por que choramos que não somos guerreiros, não é porque mentimos que não somos verdadeiro e, em meio as lágrimas e as injustiças, lutamos para destruir os invisíveis cativeiros, para que, assim, possa manter seus sonhos vivos o filho do pedreiro. Só quem veio da periferia sabe como é, sabe que nem todo bom de bola pode ser Pelé, entende que com uma CG não se atrai muita mulher e, principalmente, sabe que, independente das batalha travada, nem sempre, filho de peixe, peixinho é...

Convicções, Vícios e Virtudes

Chega um momento na vida onde pouco importa o que falam ou pesam ao seu respeito, já que, por causa dos outros, jamais devemos mudar nosso jeito, pois, independente do status social, ignorar também é gesto de respeito... Não é questão de nariz empinado ou mania de um menino revoltado, pois sou exemplo vivo de que às vezes temos que esquecer as diferenças e, junto a quem não gostamos, passar a lutar lado a lado, tanto  por tudo aquilo que deve ser preservado quanto contra o que acreditamos ser errado. Em face dos maus educados e arrogantes, para evitar confusão devem serem mantidos distante, como diz o antigo ditado: embora distante, as vezes pra andar deve deixar a bagagem pela estrada o viajante... Você diz foda-se pra tudo e tenta ser livre com suas próprias convicções.  Não sou certinho e nem  exemplo pra ninguém, em outras palavras, sou tão vagabundo quanto intelectual, tão comum quanto anormal, tão reper quanto roqueiro, tão educado quanto maloqueiro... Sou escritor do meu destino, um eterno viajante e, independente da estrada, sou um reles peregrino. Sou alguém que leva a vida tão revoltado quanto feliz e, em algumas  ocasiões, até sorrindo, pois o homem de hoje, além de guerreiro, sempre será um menino...