O Adeus

Nosso Adeus demorou,
Pensei até que ele não vinha.
Mas aos poucos o castelo desmoronou,
Revelando que a estrutura era fraquinha.

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Dessa vida não espero nada,
Mas não nego querer ser feliz.
O refrão da música que por ti é cantada,
Revela o que fez e não o que eu fiz.

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Então a ti o Adeus venho dizer,
Sem peso na consciência.
Pois doa a quem doer,
Enfrentarei toda e qualquer consequência.

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Meu sentimento jaz aqui eternizado
E as laudas do tempo há de guardar.
Os desejos que um dia foram consumados,
Nesse simples Adeus hoje encontra seu lugar.

Meu Adeus Não Pude Dar

Seu lábios frios e num tom pálido,

Seus olhos sem o mesmo brilho.

Me despedi de um jeito contido,

Além de mim, deixas mãe, marido e até um filho...

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Difícil encontrar, 

Não apenas sentido ou razão.

Mas palavras para decifrar,

Um momento de sofrimento e comoção.

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O meu Adeus não pude dar,

Dizer quão lindos eram os olhos cor de mel.

Os lábios carnudos que não voltarei à beijar,

Ou nos teus braços, outras vez, alçar o céu.

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A vida foi injusta com nossa história,

Desejei, sonhei, mas, socialmente impedido, me afastei.

Agora tú vives apenas em minha memória,

E, com um coração partido, a beira do caixão, eu chorei.

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Por Luiz Paulo Miranda