Sentar e esperar,
Talvez tudo acaba mudando.
Não adianta se acabar de tentar,

O amor somos nós e não quem tá olhando.

É só questão de tempo,
Foi assim que eu disse,
Na importa o que eles visse,
Não teve espaço pra lamento.

E eu aqui achando que as coisas eram diferentes e que eu era o detentor de todo o controle. Acreditei que, no enredo da vida, seria eu o autor da minha própria história. Pois sendo mocinho, a princesa deste conto de fadas, com o lobo mal jamais iria ficar.

Meu Amor Platônico

Seu nome é Senhorita Gonçalo,
A vejo e logo penso: quem sabe um dia.
Até já planejei um "oi", mas na hora não falo,
Embora seja ela dona de imensa simpatia.

#

Mulher da pele escura,
Dos cabelos longos, lisos e franjados.
Nem pouca e nem muita altura,
Dona do sorriso pelo qual me vejo encantado.

#

Nossos horizontes se cruzaram numa banca de DVD,
Já faz tempo, mas não paro de pensar.
Mas aí, como e o que dizer,
Se, ao me ver, tú não consegues lembrar.

#

Por que não pedi o contato seu,
Talvez ter esticado o assunto.
Poderia ter dito mais quem sou eu,
E, quem sabe, sairíamos de lá juntos...

#

Embora distante, dividimos a mesma rua,
Minha paixonite do início da ladeira.
Minha atenção é totalmente sua,
Pois a flecha do cupido, aquela tarde, foi certeira.

#

Por isso, eu vou além,
Pois tú me abala com a força do olhar.
Digo a ti o que não falo pra ninguém,
Seria eternamente súdito se o meu mundo tú passes à reinar.
.
.
Luiz Paulo Miranda